Um vigilante e dois bandidos morreram baleados durante roubo de malote dentro da agência do Banco do Brasil da Cidade Nova. Outras cinco pessoas saíram feridas no final do tiroteio. Três assaltantes fugiram com o dinheiro roubado. Outro, fez mãe e filha reféns.
Três pessoas foram mortas e cinco feridas durante assalto a empresa de transportes de valores no início da noite de ontem, em Ananindeua. Oito pessoas roubaram um malote de dinheiro de uma empresa de segurança dentro do Banco do Brasil da Avenida Arterial 18, Cidade Nova 4. Na ação, um vigilante e dois bandidos foram mortos e outros dois assaltantes ficaram feridos. Um funcionário do banco, um adolescente e um vigilante também se feriram. Na fuga, um dos integrantes da quadrilha fez mãe e filha reféns no Bairro do 40 Horas. Os outros três assaltantes conseguiram fugir com o dinheiro roubado. A quantia não foi revelada.
Seis assaltantes – três em cada lado – já estavam posicionados dentro da agência à espera dos seguranças responsáveis pelo transporte de valores, enquanto dois ficaram do lado de fora, para ajudar na fuga. Às 17 horas, com a chegada do carro-forte da empresa Norsegel, os bandidos esperaram que dois dos vigilantes de escolta voltassem de dentro do cofre do banco com os oito malotes de dinheiro. Pouco antes de saírem, eles foram abordados pelos criminosos. Houve reação e troca de tiros. Na confusão, dizem várias testemunhas, um assaltante escapou com um malote de dinheiro. Os outros ficaram no chão da agência. De acordo com o Sindicado dos Transportes de Valores, até ontem de noite o valor roubado não havia sido calculado; nem os seguranças sabiam quanto dinheiro havia em cada malote. Segundo o sindicato, contudo, o valor não era ‘muito alto’.
‘Na hora dos tiros, um deles me segurou pelo pescoço dizendo que eu iria proteger ele das balas. Ele foi me arrastando até a porta e lá me soltou e fugiu’, conta o aposentado Orivaldo Daniel de Souza. O dinheiro que iria depositar, R$ 372, também foi roubado pelo assaltante. Segundo uma testemunha que estava no banco, mas preferiu não se identificar, o tiroteio foi de dentro para fora, dos assaltantes contra os seguranças que ficaram no carro-forte. ‘Antes da confusão, vi que um deles assoviou e eu estranhei. Alguns estavam de mochila, se olhando. Saí e entrei no meu carro. Foi quando começaram os tiros e eu abaixei a cabeça’, relata.
Quinze homens encapuzados e fortemente armados invadiram, atirando, duas agências bancárias no município de São Félix do Xingu, sudeste do Estado, aterrorizando moradores e clientes dos estabelecimentos. Os bandidos chegaram ao local por volta das 15 horas. Segundo informações da Polícia Civil do município, a quadrilha levou uma quantia em dinheiro ainda não calculada, retirada de caixas eletrônicos, caixas e cofre das agências do Banco do Brasil e Bradesco, localizadas uma ao lado da outra. Funcionários e clientes foram rendidos durante o assalto e cerca de dez pessoas, incluindo os gerentes das agências, foram levados como reféns e liberados após a fuga dos bandidos. Os dois carros usados na fuga foram incendiados pelos assaltantes, que estão foragidos. Não houve feridos.
Janilso Pereira da Luz, escrivão da Polícia Civil de São Felix do Xingu, disse que os bandidos usavam armas de grosso calibre, estavam encapuzados e, conforme o Portal ORM, também trajavam roupas camufladas. O policial contou que a quadrilha se dividiu em dois grupos e atiravam para cima e nos vidros das agências. Por cerca de uma hora, os homens atiravam a esmo, a fim de coibir a ação da polícia.
Após sair das agências, eles roubaram um carro que estava em frente ao banco e levaram dez reféns. Segundo informações do Portal ORM, um policial militar estava entre os reféns, mas o escrivão da PC não soube dizer se a informação era verdadeira. O policial civil contou que a quadrilha e os reféns, divididos em dois carros, seguiram até o Km 12 da rodovia PA 279, onde, por volta das 16h20, os reféns foram liberados e o veículo roubado, atravessado em uma ponte, foi alvejado a tiros até explodir. A intenção era atrasar a perseguição policial. Vinte minutos depois, exatamente a 30 quilômetros de distância de São Felix, os homens incendiaram o segundo carro na ponte sobre o rio Fresco e fugiram. ‘Eles se evadiram e ninguém sabe como’, disse o escrivão, explicando que a rodovia tem muitas vicinais na região.