15 dias de greve. Maior mobilização em todo o Brasil nos últimos 20 anos. 8.278 agências fechadas em todo o país no maior dia de greve, 08 de outubro. 219 somente no Pará e Amapá. Foi assim que mais uma vez a categoria conquistou um importante avanço em relação às principais reivindicações por aumento real de salário, valorização dos pisos salariais, melhoria na PLR e implementação de mecanismos para combater o assédio moral no trabalho (cláusula inédita) e a falta de segurança nas agências.
Cerca de 500 bancários de bancos públicos e privados compareceram à assembleia da noite desta quarta-feira (13) que pôs fim a paralisação no Banco do Estado do Pará, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, HSBC e Real/Santander no Pará e Amapá.
Já a categoria da Caixa Econômica Federal e Banco da Amazônia rejeitaram as respectivas propostas apresentadas em suas mesas específicas e decidiram continuar em greve por tempo indeterminado. A decisão na Caixa foi por maioria, 38 bancários disseram não à proposta, enquanto que no Banco da Amazônia a rejeição foi por unanimidade, 68 empregados não aceitaram o que a direção do banco apresentou em reunião com as entidades sindicais na tarde de hoje.
“A proposta arrancada da Fenaban mostra a força da nossa categoria, que é a única no Brasil com a mesma Convenção Coletiva de Trabalho. Foram dias intensos de atos, mobilizações e paralisações, tudo por melhores condições de vida e de trabalho. A greve ainda não acabou totalmente, ela continua na Caixa e no Banco da Amazônia, onde vamos seguir com a mesma força do primeiro dia até conquistarmos, como nos outros bancos, propostas que satisfaçam a categoria”, afirma a presidente do Sindicato e membro do Comando Nacional, Rosalina Amorim.
Confira abaixo as propostas aprovadas e rejeitadas:
BANCOS PRIVADOS (aprovado) – A categoria aprovou um reajuste de 16,33% nos pisos (aumento real de 11,54%), reajuste de 7,5% (aumento real de 3,08%) para quem ganha até R$ 5.250 (o que engloba 85% da categoria) e em todas as verbas salariais, incremento na PLR e inclusão na Convenção Coletiva, pela primeira vez, de mecanismos para combater o assédio moral no trabalho e a falta de segurança nas agências.
BANPARÁ (aprovado) – Os mais de 200 bancários e bancárias que compareceram a assembleia desta quarta-feira e aprovaram a mesma proposta negociada anteriormente com o Banco e, na somatória com o que foi arrancado na mesa da Fenaban, conquistaram um reajuste salarial de 10,08%, o que representa 3,3% a mais do que o proposto pela Fenaban.
BANCO DO BRASIL (aprovado) – Com a presença de 66 bancários, que por ampla maioria também decidiram pelo fim da greve, conquistaram nesta Campanha Salarial elevação no piso e melhorias no PCCS.
CAIXA ECONÔMICA (rejeitado) – Para a categoria do banco federala proposta apresentada não é sinônimo de avanços, por isso a greve continua por tempo indeterminado. Clique aqui e veja a proposta rejeitada pela assembleia.
BANCO DA AMAZÔNIA – OBanco chegou a apresentar uma nova proposta ainda na manhã desta quarta de 7,5% de reajuste para quem ganha até R$ 5.250 e 4,29% (a inflação do período) para as demais faixas salariais, que não incluía valorização dos pisos salariais e nem melhoria na PLR. O Banco da Amazônia voltou atrás e chamou novamente as entidades sindicais para uma nova reunião às 16h30.
Na ocasião, o Banco iniciou a conversa dizendo que somente naquele momento recebeu autorização oficial do DEST para apresentar uma nova contraproposta. Porém, a apresentação da mesma foi bastante prolongada, sendo finalizada às 19h. Pelo avançar da hora que antecedia a realização da assembleia geral da categoria, prevista para iniciar às 18h, a comissão de negociação dos empregados representada por membros do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, Sindicato dos Bancários do Maranhão, Contraf-CUT e Fetec-CN, ponderou que era necessário um tempo maior para fazer uma análise aprofundada das melhorias que pudessem ser alcançadas dentro da proposta apresentada para os empregados.
Por hora, a GREVE no Banco da Amazônia está mantida para esta quinta-feira, 14 de outubro. A mesa de negociação específica com o Banco será retomada às 14h e no final da tarde, às 18h, haverá assembleia na sede do Sindicato para avaliação da nova proposta apresentada pela instituição.