Segundo a proposta das empresas, o processo será feito inicialmente em apenas uma área, ainda a ser definida. Posteriormente, empresas e trabalhadores avaliariam outros setores em que a terceirização poderia ser revista.
Outro ponto a ser discutido é o instrumento jurídico a ser utilizado na implantação. Os bancos defenderam que seja feito por meio de um Acordo Coletivo por adesão. Ou seja, os bancos teriam a opção de não assinar o acordo e manter a terceirização.
"No entendimento dos bancários, se houver consenso entre os bancos na definição da área que será revertida, é porque as empresas entendem que isso será favorável para elas e para os trabalhadores. Assim, seria melhor se o acordo fosse cumprido por todos os bancos", defende Ana Tércia Sanches, diretora do Sindicato de São Paulo. Os trabalhadores afirmaram ainda a necessidade de saber o mais rápido possível qual a área em que os bancos aceitam iniciar o processo, para possibilitar a análise do movimento sindical sobre o tema.
Os bancários enfatizaram ainda que o compartilhamento de informações é fundamental para o processo de negociação. "Precisamos saber o máximo possível sobre a área escolhida, como número de funcionários, processos de trabalho envolvidos etc. Assim temos como ponderar o impacto da reversão da terceirização", diz Ana Tércia. "Além disso, a transparência valoriza o processo democrático de negociação coletiva em que temos a possibilidade de discutir esse problema que afeta milhares de trabalhadores", completa.
As negociações das mesas temáticas serão suspensas durante a realização da Campanha Nacional dos Bancários 2010, mas os bancos assumiram o compromisso de marcar uma nova data assim que ela for concluída.