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Bancos públicos salvaram o crédito, com atuação “anticíclica”, diz Iedi




O Banco Central (BC) anunciou o crescimento de 14,9% do crédito no país em 2009. Com esse desempenho, a relação crédito PIB atingiu 45%, equivalente a R$ 1,41 trilhão. Um ano antes, o estoque de empréstimo somava R$ 1,227 trilhão, 39,7% do PIB.

 

No entanto, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento da Indústria (Iedi) destaca que, especificamente para a indústria, o crédito recuou 1,5% ano passado.

 

"Essa queda poderia ter sido muito mais expressiva, caso os bancos públicos não tivessem atuado de forma anticíclica", frisa o instituto.

 

Em contraste com os bancos privados, no grupo dos bancos públicos, a expansão dos financiamentos concedidos à indústria ficou em 13,5%, sobretudo, de BNDES, além de BB e CEF.

 

"Sem investimento, o consumo de massa puxado apenas pelo crédito e pelo câmbio valorizado vira bolha", alerta o economista Roberto Messenberg, do Instituto de Política Econômica Aplicada (Ipea), que, "apesar dos grandes progressos dos últimos anos", ainda não vê uma sociedade de consumo de massa consolidada no Brasil.

 

O economista acrescenta que, em momentos de retração da economia e aumento do desemprego, pode haver uma explosão da inadimplência:

 

"Fundamental é a elevação da taxa agregada de investimento em um novo contexto, no qual o investimento público tem papel fundamental", disse Messenberg.

 

Segundo o BC, o total de empréstimos do sistema financeiro a empresas e pessoas físicas cresceu 1,6% em dezembro, sobre, para R$ 1,410 trilhão.

 

O BC admitiu que o crédito a pessoas físicas "apresentou desaceleração", associada à oferta de dinheiro entre as famílias, proveniente do 13º salário. (Fonte: Monitor Mercantil)

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