Banco da Amazônia

Brasileiro faz mais dívidas e calotes crescem em julho

Inadimplência cresce 3,9%; cheques e cartões respondem pelo maior número de débitos

 

O consumidor brasileiro terminou o primeiro semestre com mais dívidas e isso faz com que a segunda metade do ano comece com aumento nos níveis de inadimplência. Segundo a consultoria Serasa Experian, o calote ficou 3,9% maior em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado. Este foi o terceiro aumento seguido.

Os dados divulgados nesta quinta-feira (12) mostram que, entre junho e julho deste ano, a inadimplência cresceu 1,5%. Os bancos e os cartões continuaram como principais vilões das dívidas, respondendo por 50,2% e 32,9% do total de calotes, respectivamente. Os cheques aparecem em seguida (15%). Por último vêm os protestos (1,9%).

 

Os economistas da Serasa explicam que o brasileiro ainda está endividado com as compras realizadas no Dia das Mães e Dia dos Namorados. O resultado de pendências acumuladas é o atraso em algumas contas.

– O consumidor tem enfrentado dificuldades na hora de honrar seus compromissos. Além das compras feitas nas datas comemorativas em maio e junho e as constantes promoções do varejo, com prazos mais alongados para diluir a elevação da taxa de juros, o consumidor também carrega dívidas desde março, quando aproveitou a redução do IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados] para comprar veículos e eletrodomésticos da linha branca.

 

A boa notícia é que os calotes ainda apresentam queda se comparados o período de janeiro a julho deste ano com o do ano passado. A taxa ainda está 1,4% menor do que em 2009 – representando o sétimo recuo consecutivo para esta comparação.

O valor médio das dívidas de cheques foi de R$ 883,59 para R$ 1.230,23 entre 2009 e 2010. O aumento foi de 39,2%. No caso dos títulos protestados, o custo médio do calote foi de R$ 1.097,73 para R$ 1.162,20 (variação de 5,9%). No caso dos cartões e das financeiras, as dívidas giravam perto dos R$ 384,37 neste ano (3,8% a mais do que no ano passado).

 

Só as dívidas com bancos ficaram menores: foram de R$ 1.333,81 para R$ 1.324,09 (queda de -0,7%).

O Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor considera as variações registradas no número de cheques sem fundos, títulos protestados, dívidas vencidas com instituições financeiras e cartões de crédito e financeiras.
 

Deixe seu comentário

Seu email não será publicado.

Notícias relacionadas