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Comissão da Contraf marca para 14 de julho o Dia Nacional de Luta pela Igualdade




A Comissão de Gênero, Raça e Orientação Sexual (CGROS) da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) convocou Dia Nacional de Luta pela Igualdade no dia 14 de julho, com ações, debates e disponibilização de material contra todo tipo de discriminação dentro dos bancos. A decisão foi tomada em reunião realizada nesta quinta-feira 2 na sede do Sindicato dos Bancários de Brasília. Após a reunião do CGROS, houve a apresentação, na Câmara dos Deputados, do Mapa da Diversidade nas instituições financeiras.

Depois de mais de uma década de denúncias contra as discrinações nas empresas e de cobrança por parte do movimento sindical, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) realizou este ano o levantamento nacional, com a ajuda dos sindicatos de todo o Brasil. A pesquisa confirmou a desigualdade de oportunidades de trabalho no setor. "Esse tema é muito valioso para nós. Nos esforçamos para convencer os bancários a responder a pesquisa", afirma Deise Recoaro, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT.


A pesquisa foi respondida por 204.794 dos bancários de todo o Brasil. O número corresponde a um pouco mais da metade dos trabalhadores do setor no país. Um dado alarmente: há apenas 19,5% de negros nos bancos, que ganham, em média, 84,1% do salário dos brancos. "A Febraban realmente concordou na pesquisa que existe discriminação e que ela se manifesta de várias formas. Percebeu-se que há menos mulheres e negros na chefia, por exemplo", assegura Rosane Alaby, diretora do Sindicato dos Bancários de Brasília.


Como a Febraban não disponibilizou o estudo completo neste encontro, os sindicatos e a Contraf-CUT esperam, agora, a divulgação de todos os dados do Mapa da Diversidade pela entidade patronal, para conhecimento dos bancários e da sociedade. "Nós participamos ativamente da construção do Mapa e queremos buscar melhorias com base nos dados verificados", afirma Cida Souza, diretora do Sindicato.


"Sabemos que ainda há muita coisa pela frente. A palavra do momento é avançar, não só para a classe dos bancários. Queremos mais engajamento em toda a sociedade", defende o deputado Luiz Couto (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, que organizou o encontro para apresentação dos resultados da pesquisa.

Fonte: Seeb DF

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