Banco da Amazônia

FIM DA GREVE: Por que tanto ressentimento?







A greve terminou e com ela deveria terminar as demonstrações de constrangimento, ameaças e intimidações aos empregados, até mesmo de truculência. Mas no Banco da Amazônia não é assim, pois ainda paira na mente de seus gestores essas atitudes condenáveis. É de se lamentar profundamente como o Banco vem procedendo no após greve. Chega a tal ponto, que as entidades representativas de seus empregados vêm sendo tratadas dentro de um clima da maior desconfiança possível, pelo excesso de formalismo praticado para a assinatura do Acordo Coletivo.

 

Parece até que já foi o tempo em que, no processo de negociação entre empregados e empregadores, havia mais respeito pelas palavras empenhadas na mesa de negociação. Pelo menos, as exigências formais era coisa secundária, o que prevalecia eram as intenções das partes. Por isso, lastimamos que o Banco esteja alertando as entidades no sentido de que somente pagará o que foi acertado, caso os documentos sejam assinados a tempo. Convenhamos: é muita insensibilidade.

 

Mas, o que causa mais indignação ante os procedimentos até então adotados, é uma circular interna, recomendando aos gestores um severo rigor quanto ao controle da compensação dos dias parados, chegando ao ponto de ameaças, com o alerta de que o assunto “…será objeto de fiscalização por ocasião das auditorias…”. Pra que tanto autoritarismo assim? Parece até que o Banco paga, religiosamente, as horas excedentes de trabalho de seus empregados, principalmente daqueles lotados em suas filiais. Aliás, uma situação corrente nas agências que, de fato, precisam ser fiscalizadas, rigorosamente, pelos auditores, com vistas a não expor o Banco perante às delegacias do ministério do trabalho, por excesso de jornada de trabalho.

 

A propósito, o Banco da Amazônia poderia muito bem proceder igualmente ao Banco do Estado do Pará, que deu um bom exemplo de relações positivas que desenvolve com seus empregados, dispensando-os da compensação dos dias parados.

 

A AEBA espera que o bom senso prevaleça e que tudo seja tratado de forma civilizada, com muita compreensão. 

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