A propósito da manifestação dos empregados lotados na Agência de Carajás (PA), o diretor da AEBA e da FETEC, Roosevelt Santana, fez a seguinte observação: “O sacrifício enorme que os colegas de Carajás estão passando, é reflexo do tratamento a que os bancarios são submetidos pelos banqueiros, ou seja, um tratamento de quem quer ganhar cada vez mais com o mínimo de investimento no social. No Banco da Amazônia, não poderia ser diferente, tendo em vista as condições do regime capitalista, que é profundamente de expressão, os funcionários da Agência de Carajás estão, notoriamente, dando sua resposta através da greve. É isso que todo trabalhador, que tem consciência política, deve fazer”.
A AEBA se congratula com os empregados da Agência de Carajás, que mesmo passando pelas dificuldades, estão lutando pelos seus direitos, e com esse ato, outras agencias se sintam motivadas a fazerem o mesmo, e juntos, alcançaremos o objetivo da categoria.
Leia o manifesto na íntegra:
“Nós Funcionários da Agência Carajás do Banco da Amazônia temos motivos de sobra para aderir à GREVE e reivindicar nossos direitos!
A Agência vem trabalhando com seu quadro de funcionários defasado desde 2008. Por outro lado, apesar da precariedade do quadro de pessoal, absurdamente são estabelecidas metas incompatíveis com a capacidade operacional da agência, o que vem prejudicando a saúde física e mental da equipe e elevando o nível de estresse no ambiente de trabalho.
Não bastassem as cobranças intensivas pelo atingimento de metas impossíveis de serem alcançada com o precário quadro de pessoal existente, a Matriz cortou 04 (quatro) vagas de operativos da Ag. Carajás, com base em estudo realizado no desempenho da Agência no exercício de 2009, julgado insatisfatório pela referida Gerência Executiva. Essa decisão, porém, foi tomada sem atentar para o fato de que no exercício de 2009 a Ag. Carajás apresentava um déficit de 10 empregados. Ou seja, ao invés de reconhecer as dificuldades apresentadas pela Ag. Carajás e determinar a recomposição imediata da estrutura operacional para que a agência voltasse a níveis estruturais razoáveis, preferiu tirar do quadro da agência 04 vagas de operativos altamente relevantes para o bom desempenho da mesma.
Pior de tudo, porém, foi tomar uma decisão sem sequer saber que a agência já estava apresentando um déficit de 10 empregados, ou seja, que já não tinha aquilo que lhe foi tirado. O desconhecimento dessa informação desqualifica completamente o estudo realizado para essa tomada de decisão e prova que não há planejamento e nem comunicação entre as Gerências Executivas do Banco da Amazônia.
O resultado disso é a sobrecarga de trabalho, o prejuízo à saúde, a elevação dos níveis de riscos dos empregados, além de outros fatores negativos!
Não podemos deixar de relatar também que a intensa carga de trabalho obriga diariamente os empregados da Ag. Carajás a trabalhar além do horário contratual sem o recebimento das horas extras devidas! É comum ver, por exemplo, também os caixas executivos e tesoureiro da agência entrando às 08h da manhã e saírem após as 19h!
Portanto as nossas reivindicações não são somente pelo reajuste salarial, mas também por melhores condições de trabalho com pessoas treinadas para podermos atingir as metas impostas pelas Gerências Executivas do Banco da Amazônia”.