Sem previsão de retomada das negociações, assim a greve dos bancários que já é considerada a maior em 20 anos, entra em seu 10° dia. Hoje (08), o movimento grevista mais uma vez se reuniu na matriz do Banco da Amazônia para pressionar e tentar sensibilizar a instituição à retomada das negociações.
O Coordenador da Comissão de Negociação, Sérgio Trindade, orienta que a categoria permaneça firme na luta para que se possa chegar à vitória com maior brevidade. Essa presença forte do movimento se reflete no número de adesões do funcionalismo do Banco da Amazônia, já são 78 agências paradas em todo o país.
A Fenaban respondeu ontem ao documento encaminhado na segunda-feira (04), pela Contraf-CUT, sem apresentar nova proposta e nem marcar nova rodada de negociações. Em contrapartida a Contraf-CUT encaminhou novo ofício à Fenaban, propondo que marque data, local e horário para que os bancos possam apresentar uma proposta global e decente para acabar com a greve.
As assembléias realizadas em todo o país rejeitaram a proposta única de 4,29%, zero de aumento real. Segundo Roosevelt Santana, diretor da AEBA e da FETEC-CN “A intransigência dos bancos tem sido considerada absurda em comparação com a realidade das negociações de outros segmentos. A incoerência é que esta postura parte do setor com maior lucratividade.”
Principais reivindicações dos bancários
· 11% de reajuste salarial
· PLR e Participação nos Resultados por cumprimento de metas sociais, proteção à saúde do trabalhador, que inclua reajuste de 18% no reembolso saúde, o combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança,
· Medida para proteger o emprego como garantia contra demissões imotivadas,
· Melhoria do piso salarial dos TB’s e TC’s, encarreiramento e ascenção funcional para os empregados do Quadro de Apoio,
· Isonomia de direitos entre os antigos e novos funcionários,
· Isenção de taxas e tarifas bancárias
· CAPAF sem perdas e um novo Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS).