Em meio a um cenário de greve forte e organizada em todo o país, o Banco da Amazônia, em mais uma rodada de negociação, que aconteceu agora a pouco, se resumiu a informar às entidades que a empresa continua empenhada para uma solução rápida e boa para as questões específicas de seus empregados, sem apresentar nenhuma proposta. Segundo o Banco, o presidente Abidias Júnior se encontra em Brasília (DF) juntamente com o gerente jurídico do Banco para tratar das reivindicações dos bancários junto aos órgãos governamentais.
As entidades representativas dos empregados lamentaram a postura da empresa e avaliaram que o Banco da Amazônia precisa fazer uma leitura mais detalhada do cenário de greve nacional e dentro da instituição, já que a cada dia de paralisação, o movimento cresce com adesão espontânea dos trabalhadores indignados com os problemas que afetam diretamente seus interesses. “Não houve negociação. Foi decepcionante. Já que foi o Banco que convidou as entidades para a reunião, esperava-se uma proposta para avançar”, disse Sergio Trindade, presidente da AEBA e vice-presidente da Fetec-CN.
O negociador do Banco, Vitor Magalhães, disse que é de conhecimento de todos que a solução não é simples e que o Banco demonstrou que não apostará no confronto e está buscando um acordo bom para ambas as partes. “Pode ser que daqui para a amanhã ou segunda tenhamos uma resposta positiva. Eu acho que estamos no caminho certo”, disse Vitor. A negociação do dia 16 de outubro foi mantida pelo Banco.
“Com isso, a greve vai continuar por tempo indeterminado com novas paralisações de unidades. Não há outra saída”, avalia Sergio. As entidades deixaram claro que não assinarão acordo com descontos dos dias parados durante a greve. “Sem avanço, temos mais uma razão para continuar com a greve forte que estamos construindo a cada dia com participação considerável dos empregados”, finalizou Carlindo Abelha, secretário de Organização da Contraf-CUT.
Além de representantes do Banco da Amazônia, estiveram presente na reunião, Milton Rezende, vice-presidente, Carlindo Dias, secretário de Organização da Contraf-CUT, Sergio Trindade, presidente da AEBA e vice-presidente da Fetec-CN, Roosevelt Ferreira, da AEBA, Alberto Cunha, presidente e Marlon Palheta, do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá.