Começou forte a greve por tempo indeterminado no Pará e Amapá, aprovada na sexta-feira, 3, em assembléia geral, pelos bancários. Em Belém, boa parte das agências bancárias ficou de portas fechadas sem atendimento ao público por conta da cruzada de braço dos trabalhadores. Na matriz do Banco da Amazônia, a paralisação começou por volta das 7 horas. Faixas foram colocadas nas portas de entrada da agência, informando a população sobre a greve. Um carro som e uma bandinha de música somaram forças para que a mobilização fosse maior.
A greve é um instrumento fundamental de luta de todos os bancários do país, inclusive os do Banco da Amazônia, na busca pelos seus direitos. Ela é um dos recursos viáveis dos trabalhadores para se defender contra a ganância patronal e exigir o mínimo de respeito por parte dos seus patrões. A greve que começou hoje, não deve ser orientada pelo Banco da Amazônia, mas sim pelos seus empregados, que estão insatisfeitos com a empresa, que se comporta como as dos bancos privados. O fortalecimento dessa luta, que é de todos, é primordial para que melhores condições de salário e trabalho digno possam ser deslumbrados. Decretar greve por tempo indeterminado exige força, determinação e consciência. Por isso, precisamos avançar em organização e maior participação dos trabalhadores. Unidade deve ser a palavra de ordem. Não podemos nos isolar desse movimento, que é nacional!
As paralisações e demais atos contra a postura intransigente dos patrões só serão cessadas quando os banqueiros e o governo apresentarem uma proposta justa e condizente com os anseios da categoria. As chances de se conseguir melhorias não estão no individualismo e na concorrência entre trabalhadores, diretriz predominante no Banco da Amazônia, mas aqui fora, na união dos trabalhadores. Esta força social precisa se materializar como força política, mostrando a potência da classe bancária brasileira que tudo produz e movimenta.