O Itaú Unibanco (ITUB4) e a Brasil Foods (BRFS3), fruto de fusão entre Sadia e Perdigão, são as empresas mais transparentes do Ibovespa (principal indicador da Bolsa paulista), segundo um levantamento feito com base em critérios relacionados a governança corporativa, gestão sustentável e responsabilidade socioambiental.
Numa escala de zero a 100, ambas dividiram a liderança do ranking, alcançando pontuação 95,93, segundo a consultoria espanhola Management & Excellence (M&E), autora do estudo.
De acordo com o relatório, divulgado nesta quinta-feira, a Brasil Foods (BRF) mostrou-se quite com 117 dos 123 itens analisados.
Na edição anterior do estudo, que avaliou dados separados das empresas que hoje formam a BRF, a Sadia ocupava a 12ª colocação, enquanto a Perdigão era 17ª.
Diferentemente dos anos anteriores, desta vez o ranking foi formado apenas por empresas que responderam espontaneamente às perguntas formuladas. Das 55 empresas do Ibovespa, consultadas, apenas 31 responderam.
De acordo com a M&E, o setor financeiro foi o que apresentou a maior média. Bradesco (BBDC4) foi o vice-líder, ao lado de Itaúsa (ITSA4), com 95,12 pontos.
"É um setor que se diferencia dos demais pela qualidade na divulgação de informações e canais disponíveis", disse a consultoria.
CPFL Energia (CPFE3), com 91,87, e Petrobras (PETR3 e PETR4), com 89,43, vieram na terceira e quarta posições, respectivamente.
Na ponta contrária, apareceu o segmento de construção civil. Das cinco empresas do setor imobiliário cujas ações integram a carteira teórica do Ibovespa, apenas duas validaram o questionário. Cyrela foi a penúltima do ranking, com 60,16.
"Tal fato, por si só, já denota a falta de maturidade do setor no que diz respeito à divulgação de informações pertinentes ao negócio", conforme a M&E.
Brasil Ecodiesel teve a pior nota da nona edição do levantamento, com 52,85.
(Reportagem de Aluísio Alves)