Crescimento da economia e novos resultados recordes indicam que bancários devem ir à luta para continuar trajetória de aumento real de salários e PLR maior construída nas últimas campanhas salariais
Seis anos consecutivos de reajustes de salários acima da inflação e melhora da regra da PLR para todos os bancários a cada campanha nacional. E mais: novas conquistas garantidas na convenção coletiva, como 13ª cesta-alimentação e licença-maternidade de seis meses. Nos bancos públicos, vitórias na luta pela isonomia, com a recuperação da maior parte dos direitos surrupiados durante os anos FHC. É essa a rotina vivida pelos bancários desde 2002 e mais ainda a partir de 2004, quando a greve de 30 dias marcou a retomada dos movimentos de massa da categoria.
“O bom momento da economia brasileira neste período ajudou os bancos a bater recordes de lucro, um fator que ajudou nas conquistas. Mas o que contou mesmo foi a mobilização e participação dos bancários ao lado do Sindicato, que cresce a cada campanha nacional desde 2004 e vem forçando os bancos a atender nossas reivindicações”, afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino. “Porque ninguém se engane: banqueiro nunca dá nada de graça. Pelo contrário, se pudessem, tentariam retirar nossos direitos”, destaca.
Marcolino lembra que no primeiro trimestre deste ano os cinco maiores bancos do país lucraram R$ 9,5 bilhões (Banco do Brasil R$ 2,4 bi, Caixa Federal R$ 777 mi, Bradesco R$ 2,1 bi, Itaú Unibanco R$ 3,2 bi e Santander R$ 1 bi), recordes que representaram avanço de 66% na comparação com igual período do ano passado. “Esses números e as boas perspectivas para o crescimento da economia indicam novos recordes de lucros dos bancos em 2010. Mas é a participação dos bancários que garante representatividade ao Sindicato na hora de negociar e tem trazido, todos esses anos, mais dinheiro para o bolso do trabalhador”, diz Marcolino. “Esse ano não pode ser diferente. A organização já está começando, com a realização dos congressos do BB e da Caixa que acontecem nos próximos dias. Em julho vem a Conferência Nacional dos Bancários e a campanha começa.”
Mudança – Seguindo a tradição democrática do Sindicato, de alternar a presidência a cada seis anos, quem estará à frente da entidade a partir de junho será a secretária-geral do Sindicato, Juvandia Moreira. Marcolino vai continuar acompanhando a categoria. “Vamos continuar o trabalho de sucesso que estamos fazendo. Acompanho as negociações da Campanha Nacional já há alguns anos e em 2010 não será diferente: com a mobilização dos bancários vamos arrancar dos banqueiros o que eles tentam negar em todas as campanhas: aumento real de salário, PLR maior, melhorias nas condições de saúde e segurança, além de questões específicas de cada banco”, ressalta Juvandia.