Banco da Amazônia

Lucros bilionários e irresponsabilidade social com os bancários são os resultados marcantes do BB…

Às vésperas de publicar mais um balanço de patamar igual ou superior aos concorrentes diretos, no caso Bradesco e Itaú-Unibanco, o BB deve até hoje aos bancários a implantação de um plano odontológico e um de cargos comissionados, além da implantação de um Comitê Nacional de Ética. Estes compromissos foram assumidos nas campanhas salariais de 2008 e de 2009.
Quanto ao caso específico da atuação do BB no Maranhão, o esfacelamento da Gerel São Luís, em 2007, centralizou serviços de suporte às agências do estado em outras unidades da federação, quais sejam Belém, Brasília, Goiânia etc. A partir daquele ano, a desorganização administrativa do banco tem levado ao caos o cotidiano das agências. Como consequência, tem algumas funcionando até sem fornecimento de cafezinho e lanche, por deficiência operacional na contratação, que não é mais realizada nesta praça.
Também são muitas as reclamações de aparelhos de ar condicionado defeituosos por falta de manutenção, causando desconforto tanto aos funcionários quanto aos clientes. Há áreas do estado totalmente descobertas e sem contrato porque a contratação está sob condução na longínqua Belém (PA). De outro ângulo, há firmas que amargam longo atraso quanto ao recebimento dos valores a que fazem jus pela prestação de serviços. A agência Estilo, no Calhau, é um exemplo. Até hoje o construtor espera o pagamento pela obra inaugurada desde 02/2010.
Por essas e outras, é ruim o clima de trabalho nas agências do BB, seja na capital ou interior do Estado.
 
Gerentes das agências no Maranhão sofrem pressão abusiva da Superintendência do BB
 
Como se a desorganização administrativa acarretada pela centralização dos serviços de suporte em outros estados não fosse suficiente para atormentar o cotidiano de trabalho dos maranhenses, a Superintendência do Banco tem pressionado fortemente os gestores das agências e suas equipes pelo atingimento de metas sabidamente abusivas.
Ano após ano, o Maranhão sempre alcançou resultados satisfatórios no ranking nacional. Marinheiro de primeira investidura, o atual superintendente tenta aqui alavancar a sua carreira, ainda que para isso tenha de jogar na lata do lixo todo o histórico pessoal de quem sempre atendeu satisfatoriamente aos apelos da empresa nas sucessivas e extenuantes campanhas por resultados.
Há situação de gerente que se aposentou para não sofrer o constrangimento de regredir na carreira. Sabe-se que pelo menos 30 engoliram goela abaixo a “alternativa” de concorrer para postos inferiores aos que ocupavam, depois de serem confrontados com a possibilidade de “degola”.
“A prata da casa tem sido desmerecida, essa é a impressão dos depoimentos que nos chegam. Mas a reação deve ser de resistência. Os que forem convocados para onde não querem ir, não devem registrar concorrência. Como a ampla maioria acumula mais de dez anos ininterruptos nas suas investiduras, caso sejam descomissionados, devem procurar o Sindicato para ajuizar a ação que incorpora a comissão de gerente”, afirma David Sá Barros, presidente do SEEB-MA.
 

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