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Proposta de fundo para gerir créditos do Banco Santos avança




Valor Econômico

Cristine Prestes, de São Paulo


A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) autorizou o sócio da Cadence Gestão de Recursos, João Adamo Júnior, a prestar serviços de administrador de carteira de valores mobiliários. A Cadence fez, a credores da massa falida do Banco Santos, uma proposta de criação de um fundo para gerir os créditos recuperados e a recuperar da instituição, que quebrou em 2004.


A autorização da CVM foi dada pelo Ato Declaratório nº 10.770, publicado na edição do dia 30 do Diário Oficial da União (DOU), e permite que Adamo, que já tem registro na autarquia como analista de valores mobiliários desde 2005, possa atuar na prestação de serviços de administração de carteiras como o fundo proposto no caso do Banco Santos.


A proposta que vem sendo apresentada é a de criação de um fundo com duas classes de credores. A primeira, com cotas "A", seria composta por todos os credores do banco: cada um deles receberia um número de cotas proporcional ao valor de seu crédito. A segunda classe seria formada por um único cotista da "cota C", o ex-controlador do Banco Santos, Edemar Cid Ferreira. Essa cota seria paga apenas se sobrasse dinheiro depois do pagamento aos cotistas "A".

Por enquanto, a criação do fundo é apenas uma ideia: está sendo apresentada aos credores, mas ainda não foi submetida ao juiz responsável pelo processo de falência do Banco Santos, Caio Marcelo Mendes de Oliveira, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Justiça de São Paulo. Recentemente o juiz autorizou o rateio de R$ 270 milhões entre os 1.982 credores quirografários (sem privilégio no recebimento) da instituição, cujos créditos somados representam 96,99% do total da dívida de R$ 2,79 bilhões do banco.


Fonte: Valor Econômico

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