Banco da Amazônia

Reestruturação: Entidades reúnem com o Banco

Não houve avanços na reunião realizada na manhã desta quarta-feira (22) entre as entidades representativas dos empregados e a Secretaria Executiva de Estratégia, Organização e Projeto, do Banco da Amazônia, para tratar sobre a recente reestruturação na empresa. Na reunião, as entidades apresentaram suas críticas e reivindicações a esse novo modelo já implantado.

As entidades trataram de pontos específicos da reestruturação que estão impactando diretamente nos empregados, como descomissionamentos (de TC´s, de trabalhadores prestes a se aposentar e de empregados com mais de dez anos recebendo comissão) e sobrecarga de trabalho.

Participaram da reunião o presidente do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, Alberto Cunha, o vice-presidente do Sindicato, Marlon Palheta, e o diretor do Sindicato, Cristiano Moreno, além do presidente da AEBA e vice-presidente da FETEC-CN, Sergio Trindade, e do diretor da AEBA, Roosevelt Ferreira. O Banco da Amazônia foi representado pelo secretário executivo, Antônio Carlos Borges e Luis Lourenço.

Veja o resultado da reunião:

  • Descomissionamentos: As entidades criticam o processo de descomissionamento de empregados, o que afetou diretamente o clima nas agências. Além disso, reiteraram a solicitação de um quadro de como ficou a realidade das agências após o início do processo de reestruturação, detalhando a quantidade de empregados que assumiram ou perderam funções comissionadas em cada unidade. O Banco da Amazônia ficou de apresentar um levantamento com a quantidade de funções e os critérios adotados para manter ou retirar a comissão dos empregados.

  • TC´s: As entidades reivindicaram a reintegração dos TC’s em suas respectivas comissões de analistas, pleito que o representante do banco ficou de encaminhar à diretoria sem, no entanto, dar qualquer garantia de que a reintegração vai realmente acontecer.

  • Empregados com mais de dez anos recebendo comissão: apesar da insistência das entidades para que fosse levado em consideração a incorporação das comissões aos empregados com mais de dez anos efetivos nas mesmas, baseado na súmula 372 do Tribunal Superior do Trabalho e que resguarda os direitos desses trabalhadores, o banco alegou que possui outro entendimento sobre a questão, mantendo a priori os descomissionamentos. As entidades afirmaram que irão orientar seus associados a recorrerem às vias judiciais.

  • Sobrecarga de trabalho: Mais uma vez as entidades afirmaram junto ao banco a preocupação com a sobrecarga de trabalho nas agências devido a diminuição do número de empregados na maioria delas, bem como com o acúmulo de funções por conta da diminuição de carteiras.

  • Informes do banco: O representante do banco informou que está submetendo à sua diretoria a possibilidade do fim do impedimento de 2 anos para que o empregado possa concorrer à comissão que perdeu durante o processo de reestruturação. Informou ainda que não irá suspender o recebimento da comissão (que varia de 2 à 4 meses) dos empregados descomissionados que estejam respondendo a processo administrativo, desde que o processo não tenha finalizado e imputado a responsabilidade ao empregado.
  • Avaliação e orientação: As entidades avaliam que a discussão sobre o processo de reestruturação no Banco da Amazônia tem sido muito difícil, já que o banco mantém o ritmo da reestruturação a todo vapor, passando por cima dos direitos dos trabalhadores. Por isso, orientam os sindicatos a realizarem um dia de luta no próximo dia 28/04, quando haverá nosa rodada de negociações. Em breve novas orientações serão repassadas pelas entidades.

 Fonte: Sindicato dos Bancários PA e AP e AEBA

 

 

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