Banco da Amazônia

Sem avanço na proposta da Caixa, bancários decidem manter a greve




A esmagadora maioria dos bancários da Caixa Econômica Federal decidiu em assembleias realizadas pelos sindicatos nesta quarta-feira, 14, manter a greve nacional que entra em seu 22º dia nesta quinta.


Deliberaram pela manutenção da paralisação os empregados das bases de Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis, Ceará, Pernambuco, Bahia, Piauí, Sergipe, Paraíba, Alagoas, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Mato Grosso, Rondônia, Roraima, Pará e Amapá, segundo informações recebidas pela Contraf-CUT até as 20h45.

A proposta do banco foi aceita e a greve encerrada em algumas bases no interior de São Paulo e do Paraná, como Bragança Paulista, Guarulhos, Jundiaí, Guarapuava, Toledo e Umuarama.


"Precisamos manter a força da greve em todo o país para conseguirmos arrancar do banco uma proposta melhor, que contemple a contratação de mais trabalhadores e a valorização salarial, que poderia ser feita por meio de concessão de Delta", defende Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE Caixa), que assessora o Comando Nacional dos Bancários nas negociações com o banco.


O representante ressalta que representantes do Comando Nacional, da direção da Contraf-CUT e da CEE Caixa estão de plantão em Brasília, aguardando comunicação do banco para uma nova rodada de negociação. Além disso, os dirigentes sindicais estão buscando apoio de parlamentares e realizando discussões com os órgãos controladores das empresas públicas, a fim de buscar uma saída para o impasse nas negociações com a Caixa.

Proposta insuficiente

Em negociação realizada na terça-feira, a empresa apresentou ao Comando Nacional um novo modelo para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A proposta prevê a distribuição de valores fixos por Grupos de Cargos, definidos "de acordo com a complexidade das atribuições", variando de R$ 4 mil a R$ 10 mil.

 

Cada bancário receberia essa regra própria da Caixa ou a regra da Fenaban, o que for maior. A proposta prevê a antecipação até o dia 3 de novembro de 2009 de 100% do valor aplicando a regra básica da Fenaban. A segunda parte seria paga em março de 2010.


> Veja aqui tabela com os valores por Grupo de Cargos.


Além disso, a Caixa manteve as propostas apresentadas em reuniões anteriores quanto aos demais itens da pauta. Entre os principais pontos, estão: eleição de todos os cipeiros, contratação de 3 mil empregados, criação de comitês de combate ao assédio moral, e abertura de negociação sobre o Saúde Caixa, entre outras.


O Comando Nacional reconheceu os avanços da proposta, mas a considerou insuficiente e orientou pela manutenção da greve no banco, o que foi seguido pela maioria das assembleias de trabalhadores realizadas até o momento.


"Diante do resultado das assembleias, esperamos que a direção da Caixa retome imediatamente as negociações, visando melhorar a proposta e atender às reivindicações dos trabalhadores", conclui Jair.


Outros bancos em greve


Os funcionários do Banco da Amazônia e do Banco do Estado de Sergipe (Banese) também permanecem em greve desde o dia 24 de setembro. Os trabalhadores dos dois bancos aguardam igualmente uma proposta que atenda às suas reivindicações específicas.


Já os funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), em assembleia realizada pelo Sindicato dos Bancários do Ceará na noite desta quarta-feira, dia 14, numa votação bastante disputada, decidiram aceitar a proposta do banco e sair da greve que continua em outras bases sindicais no Nordeste.


A Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB/Contraf-CUT) e a direção do Sindicato defenderam a continuidade da greve e a rejeição da proposta. Nesta quinta-feira, os integrantes da Comissão Nacional se reúnem na sede do Sindicato, pela manhã, para fazer a avaliação do movimento e a preparação para a rodada de negociação específica que acontece às 15h, no Passaré, com a Superintendência de Desenvolvimento Humano do BNB.


Fonte: Contraf-CUT

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