O mercado financeiro internacional está com atento ao desenvolvimento e avanço da crise financeira e social na Europa. A crise econômica de 2008, fez com que os países tirassem de suas finanças quase 3 trilhões de dólares para salvar grandes bancos e empresas a beira da falência. Agora, a crise econômica não está mais nos bancos, que seguem lucrando ano após ano, a crise está na economia dos países. Isso é resultado do empréstimo feito aos bancos em decorrência da crise econômica.
Enquanto a situação européia se complica, no Brasil não há indícios de crise econômica. O Brasil consegue se sustentar graças ao crescimento chinês, que importa muito do Brasil, garantido ao nosso país uma balança comercial positiva. A queda do dólar e o aquecimento do mercado interno é outro fator que contribui para o crescimento econômico. O Brasil tem muitos recursos, o problema é qual a prioridade. No governo Lula-Dilma, a prioridade foi a mesma que o período FHC: pagar as dividas ao FMI e aos banqueiros. Lula conseguiu converter a divida externa brasileira em uma divida interna, com juros astronômicos. No ano de 2010, foi gasto dando dinheiro para banqueiros internacionais e nacionais, 44% do PIB brasileiro.
E permanecendo na lógica de entregar dinheiro para os bancos manterem suas altíssimas taxas de lucros, a presidente Dilma, em viagem pela Europa, declarou que: “A UE pode contar com o Brasil” e debateu a necessidade de emprestar dinheiro ao FMI e Banco Central Europeu, para que estes emprestem para os países endividados.
Observamos no Brasil que o crescimento econômico trás benefícios apenas para os banqueiros e empresários. Os bancários estão em greve e a FENABAN não apresenta nada, como se os bancos não tivessem tido lucro, se somente no último mandato de Lula, os bancos tiverem um crescimento de cerca de 500% nos seus lucros líquido.
O governo Dilma não se preocupa com a situação do BASA. Vemos isso no descaso em geral com os bancos federais, que não tiveram nenhuma proposta do governo federal. É um grande erro acreditar que o governo federal dará tudo “de mão beijada” para nós. Coerentemente, com sua linha neoliberal, Dilma apresentou que o Brasil se dispõe a emprestar dinheiro a países inadimplentes, mandar milhões de dólares para salvar os bancos europeus, que nem se sabe se pagaram suas dividas (o mais provável é que não!)
O governo tem dinheiro para capitalizar o BASA, tem dinheiro para garantir um reajuste superior ao apresentado na mesa da FENABAN, e garantir nossa pauta especifica, em todos os bancos federais. Por isso, é preciso fortalecer a greve nos piquetes, lutar contra o assédio moral e enfrentar os nossos inimigos de frente, dentre esses inimigos, está o governo federal. Mas é com confiança na luta dos trabalhadores, que a AEBA reconhece que é possível vencer essa dura batalha que é a greve, mas para isso e preciso lutar.
A luta continua.