Banco da Amazônia

APENAS COMEÇAMOS!

A campanha salarial que encerrou no dia 12 de dezembro com o julgamento do Dissídio Coletivo pelo TST, foi marcada por amplo processo de luta dos empregados do Banco da Amazônia e por uma GREVE histórica, que durou 77 dias. Depois dessa campanha, nada será como antes no Banco da Amazônia.

No epicentro da Campanha, estavam as reivindicações específicas dos trabalhadores e os problemas de gestão do Banco, Plano de Cargos e Salários, Saúde e Previdência, Piso Salarial Rebaixado, Condições de Trabalho, temas que há muitos anos foram esquecidos e que, nesta campanha, vieram à tona, sendo que a Diretoria do Banco da Amazônia, nunca teve interesse em resolver esses problemas. Na CAPAF, aplica uma política de alijar os novos e retirada de direitos dos participantes. Na CASF, aplica uma política de reajuste Zero, além de se apropriar dos recursos da CORAMAZON. Esconde-se por detrás do problema do fundo de pensão para inviabilizar por sua parte a discussão de PCS e se nega a rever, rediscutir o modelo de funcionamento das agências, isso sem falar de isenção de tarifas, reenquadramento do Quadro de Apoio, Piso para os profissionais, valorização da Tecnologia da Informação.

Quando iniciamos as negociações, deixamos claro para o Banco que esses temas eram fundamentais, não nos contemplaria uma proposta como a dos anos anteriores. O Banco ajuizou o dissídio com duas estratégias: não atender a nenhuma de nossas reivindicações e conseguir uma liminar de abusividade de GREVE, e retorno imediato ao trabalho, porém, nenhuma deu certo.

Em primeiro lugar, o TST foi bem claro: O BANCO VAI TER QUE RESOLVER O PROBLEMA DO PLANO DE SAÚDE, NÃO PODE CONGELAR SUA PARTICIPAÇÃO e ainda orientou a reabertura de negociações, para as quais, as entidades estão muito dispostas, e pela enésima vez, a justiça decidiu pela LEGALIDADE DA GREVE.

Nosso trabalho, essa semana, junto aos ministros do TST para explicar a situação, renderam bons frutos, conseguimos sensibilizar o tribunal para o problema da saúde e evitar o que parecia inevitável: o desconto dos dias de greve. A Diretoria do Banco da Amazônia tem afirmado que a proposta era a mesma que rejeitamos no dia 18/11, mas não diz que há um sentido diferente na decisão do TST. Cumpriremos uma decisão judicial, mas não aceitaremos a forma de tratamento que a atual diretoria do Banco nos tem dispensado.

Mas, é preciso deixar claro que a diretoria do Banco da Amazônia penalizou duramente a sociedade, o Banco da Amazônia e os trabalhadores. Esperamos sinceramente, que nos próximos anos, essa história não se repita. Queremos nos colocar à disposição da diretoria do Banco para iniciarmos negociações, objetivando encontrar soluções que evitem um novo processo de greve, como o que vivemos esse ano.

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