A Associação dos Empregados do Banco da Amazônia vem por meio desta, manifestar sua solidariedade em defesa do mandato de Senadora da companheira Marinor Brito, e também manifestar nossa justa indignação com a decisão do Supremo Tribunal Federal, principalmente, na atitude de seu presidente Ministro Cezar Pelluzo, em garantir a diplomação de um notório corrupto, Jader Barbalho, como Senador da República pelo Pará.
A Lei da Ficha Limpa foi uma iniciativa da sociedade civil, que teve o apoio de várias organizações e movimentos sociais, na tentativa de conseguir moralizar, por pouco que seja, a política Brasileira. A Ficha Limpa é um instrumento que não acaba com os privilégios e foros privilégios dos políticos, mas que, pelo menos, busca evitar que concorram as eleições.
Segundo estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a perda de produtividade provocada por fraudes públicas no Brasil atinge a casa de US$ 3,5 bilhões por ano.É um dos piores males da política brasileira, além de ser um instrumento para dominação econômica de grupos e partidos, fazendo assim, com que grande parte da população tome como verdade que “todo político é ladrão”. Discordamos com essa máxima, uma vez que podemos afirmar que esta não corresponde à trajetória, nem com a vida da companheira Marinor Brito.
Nunca houve, contra Marinor Brito, nenhuma denúncia de corrupção que desmoralizasse sua atividade parlamentar, sindical e política. Não somente durante seu mandado de Senadora, mas também, durante seus dois mandatos como Vereadora de Belém. A AEBA se solidariza com a companheira, cujo mandato e atuação foram determinantes durante a greve dos bancários do BASA. Foi através de seu mandato, que articulamos uma reunião com o DEST, se buscou defender o Banco da Amazônia na tribuna do Senado, além de pedir a exoneração do atual presidente Abidias Jr e de toda diretoria, desgastando, politicamente, ainda mais a atual gestão do Banco. Se o presidente do BASA é chamado para dar esclarecimentos no Senado, sobre a produtividade do Banco, sabemos que a companheira Marinor Brito, teve papel fundamental para isso.
No entanto, já não podemos afirmar o mesmo do cidadão Jader Barbalho. Jader Barbalho não tem história política, tem uma “ficha corrida”. Dentre os crimes de Jader estão: emprego irregular de verba pública, peculato, crime contra o sistema financeiro nacional, falsidade ideológica, formação de quadrilha, estelionato e crime de lavagem de dinheiro, crime contra a administração em geral, crime contra o sistema tributário. Essa é a ficha de Jader Barbalho em sua história na política paraense e nacional. A trajetória de Jader apenas demonstra que, mais uma vez, no Brasil, a corrupção foi a maior vitoriosa, e dessa vez, com apoio da Suprema Corte.
O presidente do STF, Ministro Cezar Pelluzo, após manifestar-se em sessão daquela corte, de que não utilizaria o voto de minerva, e que esperaria a diplomação da nova MinistraRosa Weberpara o Supremo Tribunal Federal, para desempatar a questão da elegibilidade ou não de Jader, que até então estava 5×5. Após visita da cúpula do PMDB ao gabinete dele, em Brasília, as vésperas do julgamento, fez toda a diferença. No seu voto, o relator do recurso de Jader Barbalho, Ministro Joaquim Barbosa, afirmou que recebia ameaças e tentativas de chantagem por parte do PMDB e de Jader Barbalho.
Nessa luta, apoiamos Marinor Brito contra Jader Barbalho e a atitude do STF. O STF deveria observar que o Direito é feito a partir da vontade e da necessidade da sociedade, não dos ministros. A necessidade política do Estado Brasileiro e da sociedade civil é acabar, imediatamente, com a corrupção. Em vez do STF empossar corruptos, poderia prosseguir e dar celeridade aos processos que correm contra Jader Barbalho, em segredo de Justiça no STF.