Muito tem sido discutido a respeito do resultado da campanha salarial 11/12. Houve perda ou ganho em relação à última proposta apresentada pelo Banco? Através de um estudo feito pela Assessoria Técnica da AEBA, foi provado que a grande maioria da categoria obteve vantagem com a decisão do TST. Veja!
Na campanha salarial 2011/2012, foi impetrada ação junto ao TST, a título de dissídio coletivo, em razão de não ter havido acordo entre o Banco da Amazônia e seus empregados.
Fazendo-se uma comparação entre a última proposta do Banco e o que foi decidido no TST, chega-se à conclusão que, na proposta do Banco haveria uma elevação salarial de 1% a partir de março/2012, em cima do salário de agosto/2011. O TST não incorporou o percentual de 1%, mas concedeu um abono de R$ 330,00, pago em Dez/2011.
Financeiramente, qual a melhor alternativa? 1% ou abono? Vamos aos cálculos, levando em conta o ano salarial 2011/2012, que termina em Ago/2012.
· Como o recebimento dos 1% começaria em Mar/2012, reajustamos o valor de R$ 330,00 para Fev/2011, com base numa inflação projetada de 6,5% a.a., cujo resultado é de R$ 333,31;
· Levando em conta o final do período em Ago/2012, o valor mensal, a partir de Mar/2012, que anularia o fluxo de R$ 333,31, seria igual a R$ 55,65, que representa o acréscimo de 1%;
· Para que um empregado tenha um acréscimo de R$ 55,65, seria necessário que, em agosto/2011, o salário seja igual a R$ 5.565,00.
Logo:
· Quem ganhava, em Ago/2011, qualquer valor abaixo de R$ 5.565,00 obteve, no período salarial, mais vantagens do que os 1%;
· Quem ganhava, exatamente, em Ago/2011, R$ 5.565,00, não obteve nem ganho nem perda;
· Quem ganhava, em Ago/2011, qualquer valor acima de R$ 5.565,00, os 1% seria mais vantajoso.
Conclusão: Como grande parte da massa dos empregados ganhava, em Ago/2011, menos que R$ 5.565,00 (cerca de 80%), podemos dizer que a decisão do TST foi mais favorável à categoria do que a última proposta do Banco.