Este fim de semana ocorreu em Foz do Iguaçu, no Paraná o evento denominado “Melhores da Amazônia” – uma atividade que reúne um seleto grupo de gestores do Banco da Amazônia para comemorar os resultados de 2011.
Mas que resultados esses senhores estão comemorando? O lucro de 78 milhões! lastreado em créditos tributários! Que representa uma redução em relação a 2010. Estão comemorando o pagamento dos piores salários que empregados de Bancos públicos federais recebem no Brasil? Estão comemorando os elevados custos de saúde dos empregados? Os problemas no fomento? As dificuldades tecnológicas? As dificuldades da carteira comercial?
Além do mais, na situação difícil que o Banco atravessa, num momento em que precisamos de serenidade, humildade e transparência, assistimos a uma demonstração de desperdício de recursos, de elitização institucional – a Diretoria comemora como se tivesse conseguido tornar o Banco da Amazônia uma empresa com os melhores resultados do setor. Quando todos nós sabemos e sentimos que não tem sido assim.
Quem pagou os custos dos melhores da Amazônia? Quais foram os critérios de escolha? Qual a fonte de custeio dessas despesas? E por outro lado, por que tanto mistério? Por que não há divulgação ampla sobre o evento. A Diretoria da AEBA considera que este evento é desnecessário, um desperdício de recursos, se estamos em uma situação que permite esse tipo de evento, porque não atender as reivindicações dos empregados?
Por exemplo, um evento desses não custa menos que 500 mil reais, ou seja, metade do custo total do abono deferido pelo TST de R$ 330,00 por empregado em relação ao problema dos altos custos de saúde aos empregados. Isso é uma prova de que existem recursos sim para melhorar a vida dos empregados, o que não existe é interesse da Diretoria do Banco. È melhor passar um fim de semana em Foz do Iguaçu em Hotel Cinco estrelas, todo pago, que garantir um pouco mais de dignidade a quem faz esse Banco, como todos os problemas funcionar, apensar das decisões da Diretoria: os mais de 3 mil empregados.
Quem toma esse tipo de decisão pode ser considerado qualquer coisa, exceto “Melhor”.
Diretoria da AEBA