No dia 08 de maio de 2012 ocorreu a terceira rodada de negociações da pauta específica entre a Diretoria do Banco da Amazônia e o SEEB MA. O Banco estava representado pelo Diretor da DIREC Wilson Evaristo, juntamente com a comissão de negociações da empresa e as entidades estavam representadas pelo Presidente da AEBA, Silvio Kanner, e pelo Diretor Financeiro da AEBA, Marlon George, ambos representando o Sindicato dos Bancários do Maranhão.
Ficou claro, mais uma vez, que a Diretoria do Banco não demonstra nenhuma preocupação com os problemas dos empregados. Mantém a mesa em uma atitude política, visando apresentar-se como promotora do diálogo sem apresentar nenhuma solução para os diversos pleitos dos trabalhadores.
Abaixo, elencamos os itens tratados na reunião:
- Vale Card– Voltamos a exigir que a Diretoria do Banco resolva o problema dos cartões alimentação nos estados do PA, MA e AP. A AEBA formalizou um pedido de rescisão do contrato com a empresa vencedora da licitação e a Diretoria do Sindicato dos Bancários do Maranhão já anunciou que promoverá fechamento de agencias caso o problema não seja resolvido. Além disso, ambas as entidades estudam levar o caso ao Ministério Público Federal.
- Reembolso Saúde – CASF – CORAMAZON – Os representantes dos empregados cobraram uma resposta aos itens apresentados na mesa de negociação anterior sobre o reembolso saúde. Pedimos que a Diretoria reajuste o valor reembolso e as faixas de enquadramento no mesmo percentual do reajuste dos salários desde 2009; a formação de um GT paritário para trabalhar um novo modelo de financiamento da saúde e o fim do convenio entre Banco da Amazônia e CORAMAZON. A Diretoria informou que ainda não possui números que permitam avaliar o real impacto nas contas do Banco de reajustes no reembolso e nas tabelas de enquadramento. A Diretoria solicitou 60 dias para estudar tecnicamente a questão e elaborar um diagnóstico que será apresentado aos representantes dos empregados. Ficamos surpresos com essa atitude. É prova de que quando a Diretoria falava de plano de saúde durante a GREVE, e dizia que seus números não permitiam um reajuste, inclusive afirmou isso ao TST, tudo era apenas um blefe. Não havia números, não havia dados, não havia diagnóstico, não havia conhecimento de causa. É o típico comportamento de conveniência.
Em relação à CORAMAZON a Diretoria foi taxativa: “não há espaço para revisão do convenio”. Em sua defesa o Diretor do Banco chegou a insinuar que o problema está na inviabilidade estrutural e de gestão da CASF.
PLR– A diretoria informou que a PLR foi paga considerando um redutor de 20% nos 6,25% de PLR atrelada as metas do DEST.
3. Dias de GREVE– A Diretoria informou que está concluindo o mapa e que pretende descontar. Quanto a isso, sugerimos aos empregados do Banco: 1- Ninguém está obrigado a compensar horas de trabalho após o dia 30 de abril; 2- Procurem a AEBA e os Sindicatos caso seja efetuado esse desconto.
4. PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE DIVIDAS – na reunião anterior informamos que o programa não atende as necessidades dos empregados e que precisávamos de mudanças como redução da taxas de juros, inadimplência fora do banco para enquadramento no programa. A Diretoria informou que o programa foi montado para os inadimplentes com o Banco e que as taxas estavam boas, e que não recebeu nenhuma reclamação dos empregados quanto a isso. Acha que o programa é eficaz. Cobramos um número de acessos ao programa para verificar se realmente ele tem demanda, não obtivemos resposta. Sugerimos que os empregados enviem e-mails para GERUH solicitando a revisão das condições do programa de recuperação de dividas, caso concordem com a AEBA e SEEB MA. Orientamos faze-lo em tom apropriado para que não seja interpretado como insubordinação segundo a famigerada NP – 118.
5. PCS – nesta reunião apresentamos ao Banco, mais uma vez a cobrança pela implantação de um novo PCS. A diretoria respondeu que não haverá PCS enquanto a situação da CAPAF não estiver solucionada. Respondemos que a situação da CAPAF até o momento está solucionada. Pode não ser a solução que a Diretoria quer: retirada de direitos dos empregados e isenção do Banco. Se um novo PCS impactar a folha em 20%, os custos adicionais da CAPAF provenientes disso serão de seis milhões por ano. O que é melhor que enfrentar uma greve de 77 dias todos os anos. E o Banco ainda ganha com a motivação dos empregados e organização profissionais das carreiras.
6. REMUNERAÇÃO– Afirmamos à Diretoria que os empregados do Banco da Amazônia continuam recebendo os piores salários do sistema financeiro. Nossa defasagem chega a 40% em relação a CAIXA. Que esse problema pode ser resolvido via novo PCS ou através de uma política de reajuste salarial que garanta o que vier a mesa da FENABAN e mais um plus anual, que permita em até três anos recompor nossos salários em relação ao mercado. Reafirmamos que sem isso não podemos aceitar nenhuma proposta de acordo de trabalho e que uma proposta igual ou inferior a FENABAN nos levará a propor GREVE à categoria. Ainda mais sem reajuste do reembolso saúde.
7.SOBRE AVISO– A Diretoria informou que consultou os gerentes executivos das áreas e estes informaram que nenhum empregado é solicitado para ficar pronto para o trabalho a qualquer momento, nos fins de semanas e feriados. Orientamos os empregados que,quando solicitados ao trabalho no fim de semana, exija a formalização da solicitação.