A AEBA já tomou conhecimento da CI encaminhada ontem pela Gerência de Recursos Humanos do Banco aos empregados do BASA que informa sobre os descontos das horas paradas durante a greve, . Confira a seguir:
“Senhor(a) Empregado(a):
Comunicamos-lhe que, tendo em vista que não foram compensadas integralmente as horas não trabalhadas no período de greve verificada entre os dias 28.09.2011 a 12.12.2011, na forma que restou determinada pelo Acórdão proferido pelo TST no Dissídio Coletivo nº TST-ED-DC-7433-50.2011.5.00.0000, a Diretoria Executiva determinou o desconto pecuniário das horas não compensadas, em até seis parcelas.
Assim sendo, efetuaremos o débito em sua folha de pagamento, iniciando em 23/05/2012, na forma da CI anexa.
Atenciosamente,
Edwiges Lemanski Rodrigues
4885-Gerente Executiva
Ramais:3131 / 3439
GERHU – Gerência de Recursos Humanos”
A Associação dos Empregados do Banco da Amazônia repudia a atitude da diretoria da instituição que, além de descumprir uma decisão judicial (acesse o documento a seguir: TST publica Acórdão) e estar burlando a lei ao praticar o desconto pecuniário referente às horas paradas durante a greve e não compensadas, usa deste artifício para tentar coagir a categoria diante desta forma de “castigo” aplicado aos empregados que corajosamente mantiveram-se firmes durante 77 dias de greve, lutando contra o desrespeito e intransigência de uma gestão fracassada que tem levado a instituição para o buraco, mas nós empregados do Banco da Amazônia não assistiremos passivamente essa desestruturação do nosso Banco.
Continuaremos firmes na luta, e essa será mais uma, aplicaremos todas as formas possíveis de reação contra essa atitude absurda da diretoria do Banco da Amazônia, a lei está do nosso lado, estamos amparados pela decisão do TST que reconheceu a legitimidade da greve quando não a considerou abusiva, mas sim legítima em favor de melhores condições de trabalho e vida aos empregados de um Banco público federal, que deveria ser tratado de forma igualitária aos demais Bancos federais, no entanto, se o governo e a diretoria do Banco não enxergam as necessidades dos trabalhadores e que além dessa atitude, muitas outras estão culminando no insucesso da instituição, cabe a nós, a alma do Banco, fazermos ecoar as problemáticas e a forma desumana com que tem tratado os trabalhadores que assumiram o compromisso de trabalhar numa instituição cujo papel principal é fomentar o desenvolvimento da Amazônia, missão essa esquecida e descumprida pela atual gestão do Banco da Amazônia.
A AEBA já adota todas as medidas possíveis e necessárias para fazer valer a lei e os direitos dos trabalhadores conquistados em Brasília durante a campanha salarial 2011/2012, após 77 dias de garra, coragem que se repetirá neste ano, por muito mais conquistas. Já mostramos nossa força e as retaliações só alimentam nossa busca por dignidade e respeito.
Solicitamos a todos os empregados que receberam a Comunicação Interna da GERHU, que encaminhem através do e-mail para aeba@aeba.org.br ou fax (91) 3212-3574, cópia do documento, bem como cópia da FIP para que encaminhemos à Assessoria Jurídica da Associação, que já executa as medidas iniciais necessárias para a resolução do problema. A Associação também já encaminhou carta à GERHU solicitando a relação com os nomes dos empregados que terão descontos em sua folha de pagamento e o valor que será subtraído de cada um.