Uma greve como a dos bancários só é decidida quando todas as tentativas de diálogo e consenso entre as partes interessadas são esgotadas. E, como de costume, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) abusou da paciência dos empregados e apresentou uma proposta que nem chega perto das reivindicações da categoria.
A paralisação das atividades é um direito dos trabalhadores, que tentaram de todas as formas arrancar avanços, desde o dia 1º de agosto, quando a pauta foi entregue à Federação. No dia 7 do mesmo mês, a primeira negociação ocorreu, mas todos os pontos foram rejeitados.
Durante as rodadas seguintes, quase nada foi proposto, apenas sinalização do pagamento de salários dos afastados até a perícia do INSS. No dia 28 de agosto, a Fenaban teve a coragem de apresentar uma proposta de reajuste rebaixada, de 6% para salários e verbas.
Com isso, o aumento real é de apenas 0,58%. Apesar de insistência do Comando Nacional, os representantes dos banqueiros sustentaram o percentual, deixando para a categoria uma única alternativa: a greve.
Fonte: SEEB-MA