Salário mínimo de R$ 678 passa a valer hoje. Entenda o reajuste
Aumento garantido pelo governo foi de quase 9%, ou R$ 56
Osalário mínimo do trabalhador brasileiro passa a ser deR$ 678 a partir desta terça-feira (1º).
O reajuste do mínimo, garantido por uma MP (Medida Provisória) eanunciado na véspera de Natal (24), é de quase 9% em relação ao valor atual, de R$ 622. Os R$ 56 extras cairão na conta dos brasileiros que ganham o piso da remuneração no Paísno dia1º de fevereiro.
O aumento levou em consideração a variação real de crescimento do País no ano passado, que foi de 2,7%, mais o índice da inflação deste ano, que está estimado em 6,1% — entenda o cálculo no quadro abaixo.
A proposta da Lei Orçamentária de 2013 previa o mínimo em R$ 674,96 a partir de janeiro.
Participação nos lucros
Além do aumento no salário mínimo, o Planalto também anunciou a desoneração do imposto de renda dos valores recebidos como PLR (Participação nos Lucros e Resultado).
Os trabalhadores que ganham até R$ 6.000 como participação nos lucros ficam isentos da tributação sobre o valor.
Para beneficiar também quem ganha acima desse valor, o governo decidiu escalonar as alíquotas, assim como faz com o Imposto de Renda.
Participação nos lucros e resultados — O governo federal decidiu livrar a grana recebida de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) da mordida do Imposto de Renda. Assim, os trabalhadores que ganham até R$ 6.000 como participação nos lucros ficam isentos da tributação sobre o valor. Para beneficiar também quem ganha acima desse valor, o governo decidiu escalonar as alíquotas, assim como faz com o Imposto de Renda.
Imposto de Renda — Em 2013, mais trabalhadores brasileiros ficarão livres do desconto do IR (Imposto de Renda) na folha de pagamento, ou seja, da tributação na fonte. Quem ganha até R$ 1.710,78 ficará isento da mordida do Leão — atualmente, só fica livre do imposto quem recebe até R$ 1.637,11.
Com a medida, quem recebe aumentos salariais pode continuar pagando porcentagens mais baixas do tributo ou mesmo permanecer isento.
Conta de luz — Os brasileiros poderão esperar uma conta de luz mais barata em 2013. No ano passado, a presidente Dilma Rousseff anunciou uma redução média de 20,2% nas tarifas para consumidores e empresas, por meio do corte de encargos e de um plano do governo para renovação de concessões do setor elétrico. O tamanho da redução chegou a ser ameaçado por conta da recusa de algumas empresas a renovar as concessões; porém, o governo federal garantiu que mais tributos serão cortados para que a meta de 20,2% seja atingida.
Combustíveis — Por outro lado, o álcool e a gasolina ficarão mais caros em 2013, conforme anunciado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, no ano passado. A data e o valor do reajuste ainda não foram divulgados.
IPI dos veículos — Comprar um carro em 2013 não será tão fácil quanto foi em 2012, já que o desconto no IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) será diminuído ao longo do ano. A partir de janeiro, o imposto que hoje está zerado para carros de motor 1.0 vai passar para 2%. Em março, a taxa sobe um pouco mais, para 3,5%, e em julho atinge 7%, o valor cobrado normalmente.
As montadoras haviam anunciado que não vão conseguir segurar o aumento do imposto e por isso os automóveis devem ficar mais caros em 2013.
Somente os caminhões permanecerão com a alíquota de IPI zerada permanentemente.
IPI da linha branca e móveis — Quem estiver montando a casa deve aproveitar janeiro, quando o IPI para linha branca e móveis ainda estará zerado. Em fevereiro, o imposto de fogões e tanquinhos vai passar a ser de 2%. A partir de julho, a taxa do tributo para o fogão volta a ser 4% e o do tanquinho passa para 10%.
Também em fevereiro, a alíquota para sofás e estantes passará de zero para 2,5% e em julho volta a ser cobrado o tributo integral. No entanto, as máquinas de lavar permanecem com a redução do imposto. A taxa normal do IPI é de 20%, mas com o desconto está sendo cobrada a metade, 10%. Essa taxa deve permanecer por tempo indeterminado.
Nota fiscal — A partir de junho, a nota fiscal deverá informar os impostos que incidem sobre a mercadoria ou serviço comercializado. Pela lei, o documento fiscal deverá informar ao consumidor o quanto foi pago de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), PIS/Pasep, Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação) e ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza).
A lei é fruto de uma iniciativa popular que reuniu aproximadamente 1,56 milhão de assinaturas coletadas pela campanha nacional De Olho no Imposto, da ACSP (Associação Comercial de São Paulo).
Alívio na folha de pagamento — Como parte de um pacote de medidas para estimular a geração de empregos e o desenvolvimento da economia do País, empresas de 25 setores terão alívio na folha de pagamento. Na prática, a medida permite que as indústrias possam repassar ao consumidor preços mais baixos, uma vez que o custo de produção terá sido diminuído.
Em janeiro, a desoneração já passa a valer para pães e massas, fogões, refrigeradores e lavadoras e transporte aéreo. Em abril, o incentivo será estendido ao comércio varejista e a material de construção, informática, telefonia, móveis, vestuário, tecidos, cama, mesa e banho, além de CDs, DVDs, produtos farmacêuticos, calçados, brinquedos e artigos de viagem.
Novo regime automotivo — O governo federal mudou as regras para conceder incentivos fiscais a fabricantes e importadores de carros para que, assim, eles possam vender veículos a preços mais baixos. Trata-se do novo regime automotivo que, entre outras mudanças, exigirá carros mais econômicos.
Para ser beneficiadas pelo novo regime, as montadoras deverão reduzir o consumo de combustível. A média dos veículos comercializados a partir de 2017 terá de consumir 12,08% menos álcool, gasolina e diesel.
Fonte: R7 Notícias – http://noticias.r7.com/economia/fotos/veja-mudancas-que-vao-mexer-com-o-bolso-do-brasileiro-em-2013-20130102-4.html#fotos