Fogos, confete e serpentina, vamos comemorar o nosso presente de Carnaval!
Na manhã de hoje, o jornal O Estadão noticiou o que há poucas horas o ex-presidente do Banco da Amazônia, Abidias José de Souza Júnior anunciou nas redes sociais, sua saída da instituição. Veja:
Amigos,
"Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi…"
Informo que estou encerrando o ciclo como presidente no Banco da Amazônia.
Ao longo de quase seis anos cumpri integralmente com muita dignidade a missão que foi confiada.
A saída foi minuciosamente negociada com o Ministério da Fazenda e Presidência da Republica, bem como a escolha do Executivo que irá me suceder.
Passo o comando do Banco para o amigo e colega do Banco do Brasil, Dr Valmir Rossi, profissional com larga experiência no mercado financeiro, tendo inclusive atuado na Amazônia.
Fica o meu agradecimento pela oportunidade. Eu tenho o maior orgulho de ter feito parte dessa equipe do Banco da Amazônia. Aprendi muito com todos. Homens e mulheres que com absoluta competência construíram um novo conceito e projetaram a empresa na Amazônia.
"É tão gostoso ter, os pés no chão e ver, que o melhor da vida, vai começar…"
Valeu demais!
A notícia da saída de Abidias já era esperada, agora nos resta fazer o balanço destes seis anos de gestão.
Abidias trouxe junto consigo do Banco do Brasil um novo modelo de gestão a ser implantado no Gigante do fomento na Amazônia, o modelo não agradou ao mercado, clientes e nem aos empregados da instituição, que de uma hora para outra se depararam com uma reestruturação para o qual não estavam preparados e o pior, sem saber para que fim, com que intuito o papel histórico da instituição começara a ser deturpado. Longos seis anos se passaram e com novo modelo foi disseminado o autoritarismo, a intransigência, a truculência nas campanhas salariais.
O fracasso desta gestão se deu exatamente por pessoas de fora serem encampadas nos cargos de alta gestão, é um desprivilegio aos empregados de carreira do Banco, e o desrespeito continua com o anúncio da chegada de dois novos diretores também empregados do Banco do Brasil, uma troca bem ao estilo “seis por meia dúzia”.
Abidias diz adeus sem resolver o problema CAPAF, do reembolso do plano de saúde (CASF), da Tecnologia do Banco e do baixo nível de salários da instituição, enfim, nenhum problema estrutural da gestão foi sanado. Entre perdas e ganhos, podemos falar da perda do estímulo, do incentivo, da consideração e dos direitos da categoria, a diminuição do número de agências e empregados. Em relação aos ganhos, vamos falar das dores de cabeça, da sobrecarga de trabalho, do aumento no índice de adoecimento, da abocanhada da CASF, do desconto das horas de greve no bolso dos empregados, a lateralidade que pretende ser praticada na instituição. E a mais nova preocupação dos empregados do Banco, a clonagem do cartão Alimentação “ValeCard”.
Vai Abidias, que por aqui fica a nossa luta, permanecerá nosso espírito guerreiro, pois venha quem vier, o nosso propósito continuará, perpétuo como quem faz essa instituição de verdade, nós, empregados que integram e defendem o Banco da Amazônia.