Prezados Amigos do Banco da Amazônia,
Amanhã será o segundo turno da votação para o Conselho de Administração e gostariamos de pedir seu voto para o Ximenes. Pelas seguintes razões:
1- O Ximenes sempre esteve presente e ao lado dos empregados em nossas lutas, esteve na GREVE, no ENEB, nos espaços de discussão, sempre contribuindo para potencializar nossas lutas através da experiência do CONSAD. Quem fará isso?
2- O Ximenes enfrentou decididamente o ex-presidente Abdias. Foi sério e teve uma postura condigna com o cargo. Sempre manifestou no CONSAD a importância dos empregados do Banco para o funcionamento da instituição. Nunca se intimidou, não se curvou, não barganhou cargos, não se atrelou.
3- O Ximenes se posicionou contra a reforma do estatuto do Banco no Art. 62 que permitiu que empregados e servidores públicos de quaisquer órgãos pudessem ocupar cargos de alta gestão no Banco da Amazônia.
4- O Ximenes teve a coragem de enfrentar o projeto Cobra no CONSAD. No momento em que a proposta de renovação do contrato do ERP surgiu no CONSAD nosso conselheiro foi enfático na defesa dos interesses dos empregados e com isso consegui evitar a renovação do contrato.
5- O Ximenes, como se vê, não planta ilusão sobre o que se pode fazer no CONSAD. Quando o CONSAD vai analisar problemas de natureza salarial, assistencial e previdenciária o representante dos empregados sequer é convocado.
6- Para ser conselheiro é preciso ter compromisso com as lutas dos empregados, é preciso ter currículo e capacidade técnica, é preciso ter seriedade e competência. O Ximenes é o mais preparado, é por isso que voto Ximenes. Vote você também.
Votar em gerente executivo não vai estabelecer ao representante dos empregados no CONSAD a representatividade necessária. Como eleger um representante dos empregados que participa como membro da comissão de negociação por parte do Banco?
Um candidato alinhado aos gestores, certamente terá dificuldades para mater a insenção, fator imprescindível para desempenhar o papel de representante dos empregados no CONSAD.
Diretoria da AEBA
Veja o manifesto do candidato
Bancários e Bancárias do Banco da Amazônia,
O Conselho de Administração é o órgão máximo de gestão de qualquer sociedade por ações. Ter um Conselho de Administração é exigência da Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976. A autoridade máxima do CONSAD, é o seu Presidente que geralmente é o maior acionista ou seu representante, no caso do Banco da Amazônia é o Representante do Ministério da Fazenda. O presidente do banco é um conselheiro assim como os representantes de outros órgãos de governo e o representante dos acionistas minoritários. Por força da Lei 12.353/2010 criou-se uma vaga para o conselheiro representante dos empregados. Para este, embora sejam atribuídas todas as responsabilidades, está privado pela mesma lei, de participar das discussões e deliberações que tratam de interesses dos empregados. Estes assuntos são tratados em pauta separada, fora da presença do Representante dos Empregados, este, só participa das discussões e deliberações de temas inerentes aos interesses da empresa. No CA são aprovadas todas as políticas e ações operacionais preconizadas no projeto estratégico da organização ou fora dele, bem como, feito o acompanhamento da execução das ações preconizadas no Projeto Estratégico e cobrados os resultados de tais ações mês a mês.
É também no CA que são aprovados; prestação de conta e o relatório anual de administração antes de serem encaminhados para a AGO de acionistas. No Banco da Amazônia, o Projeto Estratégico para o ano seguinte é geralmente aprovado na reunião do CA realizada em dezembro, suas metas são pactuadas no encontro de gestores do final de ano mediante acordo de trabalho, a perseguição das metas dar-se-á no exercício seguinte. As políticas e ações planejadas para serem alcançadas em 2013 foram aprovadas e pactuadas com os gestores no final de dezembro de 2012. Em poucas linhas eu quis demonstrar que a empresa embora pareça uma grande bagunça, contudo tem que desenvolver metodologia para que possa alcançar os resultados. Essa metodologia tem que considerar a aplicação dos recursos com a menor taxa de risco possível, geração de receita, pagamento a fornecedores, salários aos seus empregados, impostos ao governo, geração de lucros para os acionistas, pagamento da PLR para os empregados, pagamento de custos sociais como FGTS, tiket refeição, vale transporte, fazer reserva para aumento de capital e ainda fazer provisão para compensação de créditos não recebidos (PCLD). Como podemos ver, é um jogo bem difícil de jogar. A missão de elaborar a metodologia, determinar e acompanhar a execução das metas é missão dos órgãos de gestão. Para que a empresa funcione, são criadas regras de hierarquia, isto é, de submissão entre os próprios órgãos de gestão, isto é feito dividindo-os em órgãos de alta e baixa gestão. No caso do Banco da Amazônia temos o seguinte: órgãos de alta gestão: pela ordem decrescente, Conselho de Administração, Diretoria Executiva, Secretarias Executivas, Gerências Executivas e Superintendências; órgãos de baixa gestão: Gerências gerais de agências, Gerências setoriais, Coordenações e Supervisões.
O restante dos indivíduos ocupados na organização é operativo. Os operativos desenvolvem atividades específicas. Visando alcançar os resultados planejados, os órgãos de alta gestão desenvolvem instrumentos ditos normativos que nada mais são que regras de submissão que obrigam tais operativos a cumprirem regras diversas como horário de entrada e saída no ambiente de trabalho, tempo para descanso e refeição, controle de presença no posto de trabalho, tempo definido para execução de determinada tarefa, etc…etc…, são distribuídos na organização por área operacional. Estas áreas operacionais são compostas de um mix de operativos e gestores da baixa gestão, estes gestores funcionam como fiscais, que apoiados naquelas regras de submissão fiscalizam os operativos visando obter os resultados planejados no Planejamento Estratégico. Para efetivar tais resultados, aqueles gestores da baixa gestão distribuem as tarefas, cobram sua execução e aferem os resultados, para isso a alta gestão lhe delega poderes para avaliar cobrar, constranger, punir e até demitir.
Para que as pessoas se sintam motivadas a aceitar as funções de alta ou baixa gestão, as organizações dão-lhes remunerações e tratamentos diferenciados como: comissões especiais para o exercício da função, certos tipos de gratificação, desobrigação de marcar ponto de controle de entrada e saída, participação em eventos considerados privilégio somente para gestores, etc.
Os operativos, tanto para a alta como para a baixa gestão, são considerados simplesmente como ferramenta de execução de tarefas, portanto substituíveis a qualquer tempo, destes, a única coisa que interessa para a empresa é sua força de trabalho, que é paga na forma de salário. A força de trabalho é no entendimento da empresa capitalista uma mercadoria e como tal a empresa deve barganhar para pagar o menor preço, por que como tal, entrará na formação do custo de produção do seu produto final e este deve ser o mais baixo possível.
Este exercício intelectual teve o propósito de demonstrar duas coisas: a primeira é que alguém para estar em condições de representar os empregados no Conselho de Administração do Banco deve ter conhecimento suficiente para entender como funciona o sistema e saber se situar com convicção no seu papel de representante dos empregados; o segundo e demonstrar que um gestor, por estar submisso aos interesses do capital que é seu dono, porque para isso paga muito bem, além de lhe dar privilégios que nenhum empregado pode sequer sonhar, não tem legitimidade para representar os empregados em nenhum foro, sua submissão é total e incondicional, será considerado insurgente se não concordar com o que seja de interesse do patrão e nestas condições, nós trabalhadores não podemos cair na esparrela de conduzir um gerente, seja ele de alta ou de baixa gestão, para nos representar no Conselho de Administração do Banco da Amazônia, este gerente já escolheu o seu lado, está vendido em corpo e alma para o capital, portanto, se o fizermos estaremos apenas entregando uma coisa que é nossa de direito e por Lei, para quem pode usar esta posição para ampliar os seus privilégios e rendimentos e contribuir para a ampliação da nossa situação já precarizada de trabalhador.
Por isso afirmo colegas; mesmo para aqueles empregados que julgam que Antonio Ximenes Barros, seu representante no Conselho de Administração do Banco da Amazônia não fez nada, o que é um engano, mesmo assim ainda é de longe a melhor opção se é que queremos manter esta vaga ocupada por um trabalhador. Por isso não se engane, vote sem dúvida. Empregado vota em empregado.
Vote Consciente.
Vote Antonio Ximenes.