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Sobre a proposta
Assembléias realizadas ontem (22) em todos os Sindicatos da região Norte, com exceção de Rondônia, decidiram por ampla maioria pôr fim ao movimento de GREVE que já durava 34 dias. Nesse espaço, a Diretoria da AEBA apresenta suas primeiras avaliações para o debate com a categoria.
Temos lutado nos últimos anos para que a Campanha Salarial dos trabalhadores do Banco da Amazônia resulte em conquistas nas mesas específicas, uma vez que apenas o acordo da FENABAN não atende nossas demandas.
:: Pois bem, nesta Campanha Salarial conquistamos a efetivação de três cláusulas específicas:
- Isonomia de adicional de função comissionada de Supervisores de Agências com Direção Geral;
- Aumento de 15% nas tabelas de enquadramento do Amazônia Saúde;
- Ausências autorizadas para acompanhamento dos filhos no médico entre outros;
A proposta apresentada pelo Banco poderia ser melhor, pois não incluiu o fim da lateralidade, sem dúvida poderia ter avançado mais em relação ao Plano de Saúde e poderia ter concedido um abono como substitutivo da PLR.
Porém, entendemos que no momento de deliberar sobre uma proposta, vários fatores devem ser considerados para uma decisão inteligente e responsável. Além da qualidade da proposta, temos que avaliar principalmente a força do movimento. No cenário que tínhamos, a maioria dos nossos colegas já havia voltado ao trabalho, contávamos com apenas 35% das agências em GREVE, dos quais faziam parte os bravos estados do Acre, Maranhão, Pará, Tocantins e Amazonas, a eles os nossos parabéns. Em Rondônia o Sindicato realizou uma assembléia dentro da SUPER RO que permitiu que a GREVE se encerrasse por lá ainda no dia 15 de outubro, enquanto na Matriz, a maioria dos nossos colegas já havia decidido voltar ao trabalho.
A sinalização da categoria era clara, não havia condições de tencionar ainda mais a campanha salarial. É certo que a Diretoria do Banco foi muito infeliz na condução das negociações e da GREVE, suas ameaças, assédios e arroubos de autoritarismo foram marcantes nessa campanha, mas não podemos transformar isso num motivo para manter uma GREVE, temos que ter a clareza de que a GREVE tem objetivos econômicos. Somos superiores a eles. Por fim, essa postura da Diretoria e do Presidente do Banco acabou prejudicando ainda mais sua já combalida imagem junto ao corpo funcional. Vale ressaltar que as medidas judiciais contra as práticas anti-sindicais da diretoria do Banco da Amazônia estão em andamento sob responsabilidade da Assessoria Jurídica da AEBA.
Posição da AEBA foi pela coerência com o Movimento
Nesse contexto, a posição da Diretoria da AEBA foi sim pelo encerramento da GREVE. A AEBA esteve desde o início na GREVE em cada dia, em cada piquete e cada momento, fomos a Brasília quando as negociações empacaram, sempre pautamos a luta específica dos empregados do Banco da Amazônia. A categoria sabe que o tema do Plano de Saúde passou a fazer parte da nossa GREVE a partir da iniciativa da AEBA, mas sabemos também ter a maturidade de entender a mensagem da categoria, e a categoria nos dizia que era o momento de encerrar a GREVE. Essa posição foi tomada pensando em todos, e não apenas em uma parte ou outra dos trabalhadores.
Acordo de compensação das horas é vantajoso
Entendemos também que um fator importante para o fechamento da proposta foi o acordo dos dias parados, a compensação se dará uma hora por dia até 15 de dezembro, o que não der tempo de compensar, será abonado. Na prática, serão 36 horas compensadas para 24 dias úteis de GREVE.
Porque a CONTRAF/SEEB-PA atacam a AEBA?
Ficamos muito preocupados com a postura da Diretoria do Sindicato dos Bancários do Pará, sua posição na assembléia de ontem revelou-se oportunista, eleitoreira e de certa forma irresponsável, eles pensaram na sua própria imagem e esqueceram-se de avaliar a força do movimento e a situação dos empregados do Banco. Aproveitaram um momento de extrema importância e de preocupação da categoria apenas para fazer política. Ficamos estupefatos ao perceber hoje que enquanto nós estávamos tentando negociar mais itens, eles estavam negociando uma nova liberação para um dos seus dirigentes, e não tiveram a coragem de informar isso à assembléia de ontem.
Da mesma forma, compreendemos que a Diretoria do Sindicato se manteve ausente durante toda a nossa GREVE, o que pôde ser testemunhado por toda a categoria, e por isso perdeu autoridade para propor caminhos ao movimento.
Seguir na luta, SEMPRE!!!
Achamos que o resultado dessa campanha salarial está longe de ser o ideal, fato, mas quem sabe aonde quer chegar não precisa ter pressa. Para esse momento encerramos nossa campanha salarial com pequenas conquistas e muitos desafios para o futuro.
A partir de agora vamos cobrar o cumprimento das promessas do Banco e nos manter firmes na luta. Pois se há uma marca da atual gestão da Associação dos Empregados do Banco da Amazônia é a coragem, sempre primando pelo melhor para a categoria, com sensatez e responsabilidade em respeito ao compromisso assumido com cada um de nossos associados em defesa dos empregados e da instituição Banco da Amazônia.
A luta continua!