Banco da Amazônia

Nota de solidariedade à Greve dos metroviários.

Em greve desde o último dia 5 de junho, os metroviários da cidade de São Paulo realizam uma mobilização histórica.Após a reação do Governo de São Paulo, a ferocidade da polícia e a falta de diálogo com a categoria, entidades sindicais de diversos segmentos têm feito manifestações espontâneas de solidariedade à greve dos metroviários que foi suspensa nesta terça-feira (10).

Toda a sociedade está voltada para a questão do impedimento do direito de ir e vir do cidadão, porém não leva em consideração o direito constitucional à greve, julgada pelo próprio Tribunal Regional do Trabalho (TRT), como abusiva e determinou a multa de R$ 500 mil por dia ao sindicato dos metroviários, mostrando assim que a justiça paulista é rápida quando se trata em acabar com os direitos trabalhistas.

Essas determinações colocam a população contra a categoria, que hoje pede não apenas o aumento real de salário, como também investimentos para minimizar o sufoco diário nos trens e metrôs superlotados. A mídia distorce e marginaliza o movimento grevista, camuflando a luta também pelas melhorias no transporte que favorecerão diretamente os usuários do serviço. O drama vivido pela população, não apenas em dias de greve, também atinge os trabalhadores. A mesma mídia ignora e não noticia nada sobre o chamado “propinoduto”, esquema que já desviou mais de R$ 425 milhões, e fazem cessar os investimentos no transporte público.

Os metroviários sofrem com um achatamento em seus ganhos que já acumula perdas reais de salário de 35%. Além disso, amargam o não pagamento dos adicionais de periculosidade, com a falta de um plano de carreira sólido, entre outros problemas, como o sufoco cotidiano de trabalhar em um clima permanente de caos.

É inadmissível a forma como o movimento grevista está sendo tratado. Esta é uma luta legítima e a ela, nossa incondicional solidariedade.

Os trabalhadores metroviários já são exemplo de luta para as demais categorias.

Hoje somos todos metroviários, pela revogação das demissões!

Diretoria da AEBA

Com informações da FNP e UEE-SP

Deixe seu comentário

Seu email não será publicado.

Notícias relacionadas