No dia 25 de agosto recente, o jornal “O Diário do Pará”, em matéria assinada por Frank Silveira, aponta que o Sindicato dos Bancários do Pará participa de uma frente sindical que apóia a candidatura de Helder Barbalho. A diretoria do SEEB-PA já emitiu nota desfazendo o “mal entendido”, afirmando que tal decisão deveria ser feita por parte da categoria em assembléia, etc. Nada mais justo, já que nenhuma entidade pertence aos seus diretores, mas à categoria que lhe sustenta.
Mas o que nos chama atenção não é isso. O que nos chama atenção é o fato dos diretores sindicais, a ampla maioria, serem fiéis apoiadores da candidatura de Helder Barbalho, uma candidatura visivelmente conservadora, que representa o retorno da oligarquia Barbalhista ao governo do Estado.
A CONTRAF-CUT, por exemplo, aprovou em seu congresso apoio a candidatura de Dilma Rousseff a presidente. Acreditamos que isso é um enorme equivoco, visto que enquanto o salário dos bancários crescia em média, pouco menos que 2% acima da inflação, os bancos atingiam recordes consecutivos em lucro. Os bancos demitiram, só em 2014, 3.600 empregos e o Governo não fez nada para proteger contra a demissão, garantir a estabilidade. Tão omissa, ou mais, foi a CONTRAF-CUT.
No Pará, os diretores do SEEB-PA acabam por seguir a mesma linha apoiando candidaturas conservadoras e comprometidas com banqueiros, construtoras e latifundiários, confundindo mais a categoria do que a ajudando.
A candidatura Barbalho e a reeleição de Jatene não têm sequer uma diferença profunda no programa. Ambas, candidaturas representam o agronegócio, os madeireiros, a VALE, CELPA, grandes empresários e sobretudo as oligarquias locais que dominam com punhos de ferro a política no interior e região metropolitana do Pará.