Banco da Amazônia

A DELOITTE e o Novo Modelo de Gestão de Pessoas de 2,5 Mi.

A publicação do material apresentado pela Deloitte em reunião aberta, intitulado “Vamos Construir Juntos o Futuro do Banco” está sob análise agora. Inicialmente e sem incorrermos em risco de presunção, podemos afirmar categoricamente que trata-se de um documento frágil, incompleto, que pelos seus contornos, mais parece o produto de uma receita pronta, que de um diagnóstico de caso específico. Diríamos até que, aquele amontoado de fluxos e conceitos sem fonte, em formato gráfico, estão prontos na internet. Parece que a Deloitte mandou os estagiários.

Sem falar que o relatório contém erros grosseiros como, por exemplo, apresentar as diretrizes de Gestão por “Competência do Setor Público” como “tendências de mercado”. Se o DEST, o TCU adotam o modelo de Gestão por Competências e Resultados”, e isso é bom, que tal o Banco adotar os salários que eles pagam aos seus empregados?

No referencial teórico da apresentação, para nossa surpresa, não há nenhuma abordagem teórica ancora explicitada a partir de informação de seus autores.

Se esse é o resultado da primeira etapa, ou de quase um ano de trabalho, ou seja, de um terço do valor do contrato, logo se constata como é fácil ganhar dinheiro no Brasil, quando se tem os contatos certos. A apresentação da Deloitte nos custou 800 mil reais.

Vamos às deficiências do relatório, propositais ou não:

O relatório não apresenta os fatores críticos de sucesso.

O relatório não apresenta uma comparação com salários, benefícios, direitos, vantagens com as demais empresas. Na página 12, há diversos indicadores de comparação com outros Bancos, mas nenhum deles relativamente a salários.

O relatório não informa como o projeto será implantado, fala de alterar estrutura de carreira, regra de PLR, estrutura de remuneração, de benefícios, mas em nenhum momento cita os empregados ou a forma de abordagem.

Aliás, na apresentação da Deloitte os empregados aparecem como um corpo moldável e passivo, eles não enxerga que os empregados, em todos os níveis são agentes e têm eles mesmos suas próprias estratégias – se tomamos os participantes de uma organização como passivos e não como agentes autônomos, até certo grau, estamos a um passo do fracasso.

O relatório da Deloitte não conheceu o Banco, e principalmente seus empregados. Diz apenas que são velhos e não respondem a treinamentos e investimentos (como se o Banco tivesse feito algum investimento em capital humano nos últimos anos).

Quem são os empregados do Banco? De onde vieram? Onde estão, no interior ou nas capitais? Quais seus anseios? Qual a remuneração média? Qual o desnível de remuneração no universo institucional? Qual a sua formação profissional? O que gostaria de fazer?

Mas por hora é isso, vamos deixar material para outros boletins. Nos próximos, vamos discutir os aspectos relativos ao item “planejamento estratégico de gestão de pessoas”.

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