Parece que os tempos do assédio tucano às greves de trabalhadores voltaram com toda força, desta feita, dirigido pelos indicados do Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e da presidente sem popularidade, Dilma Rousseff.
Aconteceu hoje, 23 de outubro de 2015, no Banco da Amazônia, o sociólogo, presidente do Banco da Amazônia, Valmir Pedro Rossi, que é funcionário de carreira do Banco do Brasil, mandou descontar os salários dos engenheiros do Pará que estão em Greve – trata-se de uma atitude de perseguição diante de ações judiciais impetradas pelos engenheiros do Pará, através do Sindicato dos Engenheiros. A ação ainda não teve efeito no reajuste dos salários, que o Banco se furta a aplicar, mas já serviu para tornar os engenheiros do Basa alvo de uma perseguição encarniçada por parte da Diretoria da empresa.
O mais interessante, é que na pressa de punir, o Banco descontou salário de todos os engenheiros do Pará, inclusive dos que, por atuarem em serviços essenciais, estavam trabalhando durante a greve. É a primeira vez que isso ocorre no Banco da Amazônia, pois sequer a Comissão de Negociação dirigida pelo Gerente Executivo virtual da GESOP, Francisco Moura, não comunicou o fato em mesa e não buscou uma solução no diálogo com as entidades. Nesse processo, a mesa de negociação foi solenemente ignorada.
Os engenheiros do Basa, diante da ameaça que receberam do Banco, procuraram o Sindicato dos Bancários do Pará, filiado à CUT, para que este, por ser o Sindicato que deflagrou a Greve, pudesse atuar junto ao judiciário para garantir o Direito de GREVE dos engenheiros, mas a Diretoria do SEEB – PA, sempre alinhada com o governo, lavou as mãos, abandonou seus filiados, esqueceu a solidariedade sindical e, com isso, deixou os engenheiros do Basa sem nenhuma medida de proteção.
O Sindicato dos Engenheiros está trabalhando para reverter juridicamente a situação. A AEBA se solidariza com os engenheiros do Pará em sua luta pelo piso salarial, e estará sempre ao seu lado, como também ao lado de todos os demais empregados do Banco na luta por dignidade e reconhecimento e, nesse caso, na luta pelo direito à liberdade de Greve e organização. Isso é uma questão de princípio edeveria ser levado em consideração por qualquer sindicato.
Sempre que um trabalhador está sendo ameaçado e assediado, nosso dever é ajudar e não o de colocar as politicagens na frente. Lamentamos que a Diretoria do Banco da Amazônia tenha tomado esta atitude, mas, de certa forma, isso não é surpresa, dada a truculência de sempre com a qual atua a Diretoria. Pedimos a todos os demais colegas, solidariedade com os engenheiros. É interessante que neste momento em que se desconta o salário dos Engenheiros, a imprensa divulga que a pretensão de reajustes dos honorários da Diretoria do Banco da Amazônia é de 29,9%, talvez se fosse a mesma, a pretensão de reajuste dos empregados do Banco, nem seria necessário GREVE.
Por agora, podem retirar nosso dinheiro, o nosso direito, mas não a nossa força de luta por respeito, dignidade e justiça!