RIO –O conselho de administração da Petrobrás avalia nesta sexta-feira, 22,uma proposta para redesenhar a venda da BR Distribuidora, subsidiária de revenda de combustíveis da estatal. Considerada a “joia da coroa” no portfólio da petroleira, a BR poderia se tornar uma holding com diferentes participações da estatal nas áreas de negócio. Segundo fontes ouvidas peloBroadcast, notícias em tempo real doGrupo Estado, o objetivo seria a atração de investidores privados para cada segmento.
A proposta prevê a gestão separada para cada área de negócios, com diferentes composições de capital. O modelo poderia atrair como investidores desde redes varejistas a empresas de energia, combustíveis e bancos – algumas já teriam sinalizado interesse. A divisão em estudo contemplaria a rede de mais de 7 mil postos de combustíveis, lojas de conveniência, serviços de aviação, lubrificantes e serviços financeiros.
A área financeira é considerada um dos negócios mais atrativos por abarcar diferentes operações e representar parte significativa do faturamento da BR. Desde 2008, a subsidiária administra uma bandeira própria de cartão de crédito em parceria com o Banco do Brasil. A empresa também opera uma rede própria de transmissão de dados – negócio hoje alvo de investigação interna.
A Petrobrás não comenta informações sobre o novo modelo de venda, mas confirma que o tema será debatido pelo conselho de administração. Segundo as fontes, a proposta teria sido desenhada pelo diretor financeiro, Ivan Monteiro. O modelo de referência seria a reestruturação da área de seguros do Banco do Brasil, em 2013.
Inicialmente, a ideia da Petrobrás era vender uma fatia minoritária da BR. Com a chegada de Pedro Parente à presidência da estatal, o leque de possibilidades está sendo aberto, incluindo o controle compartilhado de ativos.
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