Banco da Amazônia

Emater alinha ações com o Banco da Amazônia para agilizar liberação de crédito rural em Rondônia

Gerentes da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RO) e Banco da Amazônia S/A (Basa) reuniram nos dias 21 e 22, em Ouro Preto do Oeste, para discutirem as operacionalizações de crédito voltadas ao desenvolvimento no campo. Dos R$ 700 milhões disponibilizados para aplicação em crédito rural no estado, R$ 189 milhões serão destinados à agricultura familiar. Também foi discutida a abertura de crédito para aplicação em novas tecnologias.

O encontro, que reuniu superintendentes de crédito e gerentes dos escritórios locais e regionais da Emater-RO, além de técnicos, analistas e gerentes do Banco da Amazônia, teve por objetivo nivelar as informações e dar maior agilidade aos processos de liberação de crédito rural, em especial às linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Para diretor-presidente da Emater-RO, Francisco Mende de Sá Barreto Coutinho, é preciso ter cuidados redobrados, tanto na elaboração quanto no acompanhamento dos projetos em andamento, como nos recursos disponíveis para a agricultura familiar a fim de acelerar o passo e dar rumo ao desenvolvimento rural do estado.

O superintendente do Basa em Rondônia, Wilson Evaristo, abriu a discussão com uma análise panorâmica do Plano Safra nos últimos anos apresentando um decréscimo nos contratos no ano de 2016. Segundo o superintendente, esse decréscimo foi ocasionado devido à “falta de determinação, atuação e decisão” mais efetiva, entre outros fatores. Com a disponibilização de R$ 700 milhões do Plano Safra 2016/2017 para operações de crédito no estado, a preocupação está em dar mais agilidade aos processos, oportunizando a aceleração do desenvolvimento rural.

A agricultura familiar contará com 27% dos recursos destinados a Rondônia, mas também precisará de maior celeridade na operacionalização dos recursos. Só para se ter uma ideia, no período de janeiro a junho deste ano, das 2.258 propostas elaboradas pela Emater-RO, que totalizam um montante de R$ 105.610.943,64, apenas 918 contratos foram assinados, estando ainda para análise 1.430.

Outra discussão está na destinação dos R$ 189 milhões para a agricultura familiar, que deverão incluir a contratação de recursos para investimentos nas novas tecnologias como: café clonal irrigado, piscicultura e bovinocultura de leite com base em manejo de pastagens com irrigação. Também ficou determinado um maior incentivo para projetos de financiamento que beneficiam jovens e mulheres rurais. Para isso ficou decidido que 15% (cerca de R$ 28 milhões) serão investidos em projetos que beneficiem essas categorias.

Para nivelar as informações e estreitar o relacionamento entre os agentes do Basa e da Emater-RO, foram discutidas ações que promovam maior agilidade nos tramites e acordado prazos para internalização e liberação dos projetos apresentados. “Um dos maiores entraves é a falta de documentação no projeto”, disse Edson Issao Oikawa, responsável pelo crédito rural na Emater-RO.

Para evitar o “vai-e-vem” de projetos incompletos, o banco está elaborando um checklist eletrônico que dará subsídios para o encaminhamento do processo ao agente financeiro. “Se o processo não tiver com esse checklist completo não poderá ser encaminhado à instituição financeira”, apontou.

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