Banco da Amazônia

Por que somos contra o Acordo de dois anos.

Na rodada de negociação de ontem (27), na FENABAN, algo muito diferente e esquisito ocorreu. Além de manter a mesma proposta da semana anterior, os banqueiros e o governo surgiram com uma proposta “inovadora”, muito embora, seriamente prejudicial à categoria: fazer um acordo com validade para dois anos.

Os negociadores da FENABAN estão atuando numa perspectiva de redução salarial e informaram ontem que, apenas no caso de um Acordo para dois anos, podem garantir qualquer coisa acima do INPC.

Inicialmente entendemos que o reajuste salarial pelo INPC é indiscutível. Constitui uma obrigação das empresas, pois se referem tão somente à reposição das perdas salariais acumuladas em doze meses. Qualquer negociação salarial deve, por tanto, partir da reposição do INPC. Caso contrário estaríamos negociando redução real de salários. Mas não podemos trocar um problema por outro, um acordo de dois anos pode ser tão danoso quanto um reajuste abaixo do INPC.

Inicialmente, em razão da própria incerteza crônica do cenário econômico. Há muita instabilidade econômica, no caso de uma disparada inflacionária estar preso a um acordo de longo prazo esvazia política e juridicamente qualquer possibilidade de contestação, luta e greve.

Em segundo lugar, nossas campanhas, ainda que tenha o salário como eixo, acabam sendo espaços de discussão de uma multiplicidade de problemas como: saúde, previdência, reestruturações, condições de trabalho, assédio, metas etc. Isso é assim, porque este é o único momento em que temos a oportunidade de apresentar essas demandas. A Greve torna os Banqueiros e o Governo mais “sensíveis” a essas questões. Se fecharmos um acordo para dois anos perdemos, invariavelmente vamos perder a possibilidade de discutir qualquer outra coisa nesse intervalo de tempo.

Finalmente, os bancos preparam uma onda de reestruturações relacionadas com a nova concepção de “bando digital”, isso deve significar, entre outras coisas, o fechamento de áreas, o corte de funções comissionadas, demissões, transferências etc. Podemos estar diante de uma nova “revolução tecnológica” no serviço bancário e, caso a categoria aceite um acordo para dois anos, perderemos a possibilidade de canalizar para a “Greve da data base” todo esse conjunto de problemas.

Nossa categoria não tem problema com Campanhas Salariais anuais, isso não dificulta as coisas para nós, temos uma longa tradição de luta e de Greves, aceitar um acordo de dois anos pode significar o fim dessa cultura de Greve, a grosso modo, se deixamos de fazer nossa campanha e nossa Greve por mais de um ano, será muito mais difícil retomar um processo de mobilização.

NÃO VAMOS DAR FOLGA PARA OS BANQUEIROS E PARA O GOVERNO!

Diga não ao acordo de dois anos!

Na rodada de negociação de ontem (28), na FENABAN, algo muito diferente e esquisito ocorreu. Além de manter a mesma proposta da semana anterior, os banqueiros e o governo surgiram com uma proposta “inovadora”, muito embora, seriamente prejudicial à categoria: fazer um acordo com validade para dois anos.

Os negociadores da FENABAN estão atuando numa perspectiva de redução salarial e informaram ontem que, apenas no caso de um Acordo para dois anos, podem garantir qualquer coisa acima do INPC.

Inicialmente entendemos que o reajuste salarial pelo INPC é indiscutível. Constitui uma obrigação das empresas, pois se referem tão somente à reposição das perdas salariais acumuladas em doze meses. Qualquer negociação salarial deve, por tanto, partir da reposição do INPC. Caso contrário estaríamos negociando redução real de salários. Mas não podemos trocar um problema por outro, um acordo de dois anos pode ser tão danoso quanto um reajuste abaixo do INPC.

Inicialmente, em razão da própria incerteza crônica do cenário econômico. Há muita instabilidade econômica, no caso de uma disparada inflacionária estar preso a um acordo de longo prazo esvazia política e juridicamente qualquer possibilidade de contestação, luta e greve.

Em segundo lugar, nossas campanhas, ainda que tenha o salário como eixo, acabam sendo espaços de discussão de uma multiplicidade de problemas como: saúde, previdência, reestruturações, condições de trabalho, assédio, metas etc. Isso é assim, porque este é o único momento em que temos a oportunidade de apresentar essas demandas. A Greve torna os Banqueiros e o Governo mais “sensíveis” a essas questões. Se fecharmos um acordo para dois anos perdemos, invariavelmente vamos perder a possibilidade de discutir qualquer outra coisa nesse intervalo de tempo.

Finalmente, os bancos preparam uma onda de reestruturações relacionadas com a nova concepção de “bano digital”, isso deve significar, entre outras coisas, o fechamento de áreas, o corte de funções comissionadas, demissões, transferências etc. Podemos estar diante de uma nova “revolução tecnológica” no serviço bancário e, caso a categoria aceite um acordo para dois anos, perderemos a possibilidade de canalizar para a “Greve da data base” todo esse conjunto de problemas.

Nossa categoria não tem problema com Campanhas Salariais anuais, isso não dificulta as coisas para nós, temos uma longa tradição de luta e de Greves, aceitar um acordo de dois anos pode significar o fim dessa cultura de Greve, a grosso modo, se deixamos de fazer nossa campanha e nossa Greve por mais de um ano, será muito mais difícil retomar um processo de mobilização.

NÃO VAMOS DAR FOLGA PARA OS BANQUEIROS E PARA O GOVERNO!

Diga não ao acordo de dois anos!

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