Na última quinta-feira, dia 06 de julho a Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia – CINDRA realizou audiência pública para discutir a atuação do Banco e o desempenho do FNO.
Na ocasião os deputados e entidades cobraram explicações por parte da Diretoria do Banco relativamente à redução da performance do FNO e a cobrança de tarifas de análise e avaliação.
O vice-presidente da CNA alega que houve uma “redução de 42% nas concessões de crédito rural com recursos do FNO entre as safras 2015/16 e 2016/17 (15 mil contratos a menos). Essa redução no número de contratos implicou em R$ 250 milhões a menos aplicados via FNO na Região Norte, devido à complexidade na contratação do crédito e à maior seletividade do banco, que tem exigido mais garantias nas operações”.
Nossa avaliação é a de que as taxas e tarifas de avaliação e analise são fontes importantes de receitas e que devem ser defendidas pela Diretoria do Banco, muito embora a referida cobrança precise estar tecnicamente muito calibrada para não pesar sobre setores da produção rural, como os médios e pequenos produtores não PRONAF.
Nossa avaliação, por outro lado, é a de que a redução da performance do FNO não está relacionada com as tarifas. Está relacionada com a própria dinâmica da economia, mas principalmente pelas decisões estratégicas que têm sido tomadas pela atual diretoria. As agências estão desestruturadas, fragilizadas, sem pessoas e condições de atendimento. A Diretoria não consegue chegar num acordo com os engenheiros do Pará. A Tecnologia do Banco continua arcaica sem sinais de melhora e a política de centralização de análise está se revelando uma catástrofe.
A Diretoria da AEBA está acompanhando o desenrolar dessa discussão com o objetivo de garantir a defesa do Banco e do FNO.
Vivemos tempos turbulentos, precisamos estar unidos, bem informados e preparados para enfrentar as dificuldades e aproveitar as oportunidades.