O momento atual é de expectativa e preparação. Expectativa em relação ao futuro do quadro institucional a ser definido pelo novo governo e, preparação para possíveis ataques ao Banco da Amazônia e ao FNO.
Estamos, infelizmente, um passo atrás. Durante o período precedente, lutamos para resolver problemas relacionados aos salários, carreira, saúde e condições de trabalho, mas as Diretorias do Banco foram implacáveis e, os pequenos avanços que conseguimos se deveram a lutas muito difíceis. Nesse quadro, no âmbito federal nos juntamos e vamos continuar juntos àqueles que defendem a revogação da Reforma Trabalhista e a garantia dos atuais Direitos Previdenciários. Mas, nesse momento, nossa prioridade é a luta em defesa do Banco da Amazônia.
Durante os anos anteriores vivenciamos inúmeras reestruturações complicadas e, na maioria, ineficazes. Se a gestão tivesse sido melhor, poderíamos estar numa situação muito confortável, mas esse não é o caso. Independente disso, temos convicção da decisiva importância do Banco da Amazônia e do FNO para nossa região e vamos lutar em sua defesa.
Preocupada com o futuro, a Diretoria da AEBA iniciou, antes mesmo do primeiro turno das eleições, um conjunto de reuniões com entidades da sociedade civil e com personalidades políticas visando apresentar-lhes um conjunto de dados e informações que comprovam a importância do Banco para a região e solicitando apoio caso alguma medida problemática seja adotada.
Centralmente temos afirmado que o Banco da Amazônia tem obrigações constitucionais e infraconstitucionais com o desenvolvimento da região e com a gestão do FNO e, que, a despeito de toda dificuldade, dada pelas próprias condições amazônicas, essas obrigações têm sido cumpridas de forma eficaz. O que Banco da Amazônia faz é imprescindível para a nossa região, e temos a clareza que o que fazemos, muito dificilmente, seria feito por outra instituição pública e, muito menos, pelo mercado.
Já realizamos algumas reuniões e outras estão agendadas.
Atender os negócios de uma região com 3,85 milhões de Km2, que cobre 45,25% do território nacional, com 18,1 milhões de habitantes e uma economia e sociedade marcadas pela diversidade, é sempre um desafio. Além do mais, atuamos na área de maior biodiversidade do planeta, na maior floresta tropical do mundo. Todo esse gigantismo exige que o estado tenha o controle dos recursos a serem aplicados, podendo, desta forma, direcioná-los para atividades que em cada momento constituem a prioridade do país, com respeito à sociedade e ao meio ambiente amazônicos.
A Amazônia é grande e importante demais para não ter um Banco que pense seu desenvolvimento.
Diretoria da AEBA