O Governador do estado do Pará, Helder Barbalho divulgou ontem em suas redes sociais um pronunciamento afirmando que o Banco da Amazônia é estratégico e fundamental para o desenvolvimento da Amazônia e, por isso, o governo do Pará defende que não seja privatizado.
“Nós não aceitaremos que o Banco da Amazônia seja privatizado. É um Banco estratégico e fundamental para o desenvolvimento da Amazônia e nós somos solidários e iremos usar de tosas as nossas forças para que este banco continue atuando. Somos a favor da diminuição do estado, da diminuição do custo da operação pública, porém precisa-se separar o joio do trigo, e verificar aquilo o que é fundamental e, o Banco da Amazônia é determinante para o desenvolvimento da nossa região amazônica e, particularmente, do Pará.” Afirma Helder.
Campanha da AEBA em Defesa do Banco da Amazônia
O Deputado Iran Lima (MDB-PA) recebeu recentemente membros da Diretoria da AEBA para tratar sobre o futuro do Banco da Amazônia. O deputado é um dos mais influentes na Assembleia Legislativa do Pará – ALEPA e se comprometeu em levar o assunto à bancada federal do MDB-PA, bem como, ao Governador e aos Senadores eleitos.
Durante a reunião, o Presidente da AEBA fez a explanação de um vasto material preparado pela Associação sobre a importância do Banco para a região amazônica, afirmando que, primeiramente, é preciso ter claro que o quadro de desigualdade econômica e social da região Norte, comparativamente, com as regiões Sul/Sudeste, ainda persiste, exigindo do governo federal uma política, uma intervenção com o objetivo de reduzi-las.
Essas desigualdades se expressam, basicamente, através de dois indicadores, PIB e IDH. Para reduzir a distância em relação às demais regiões, precisamos garantir crescimento do PIB e a melhoria nos índices de desenvolvimento humano acima da média nacional.
Desde 1942, o Banco da Amazônia vem atuando como a principal instituição responsável pela execução das políticas de desenvolvimento econômico e social do Brasil para a região amazônica. O art. 159 da Constituição Federal de 1988 criou o FNO e estabeleceu textualmente que o fundo deveria ser gerido e operado por “instituições financeiras regionais”. A partir desse momento, o Banco se especializou em crédito de fomento, construiu uma estrutura corporativa voltada para essa finalidade e para o cumprimento das diretrizes previstas nas políticas de desenvolvimento regional.
Nenhum instrumento do mercado é capaz de fazer o que o Banco da Amazônia faz, posto que, no mercado, os investimentos acompanham a curva de rentabilidade e os projetos financiados pelo Banco da Amazônia precisam atentar também e, prioritariamente, para as políticas de diretrizes previstas em dispositivos legais. No financiamento da agropecuária, por exemplo, o mercado quer o curto prazo, o custeios, certificados, etc. Os investimentos de longo prazo, por outro lado, o setor privado não vê com bons olhos.
Sequer outra instituição pública seria capaz de fazer o que o Banco da Amazônia faz pelo simples fato de a Amazônia ser uma região muito particular em termos históricos, geográficos, econômicos, ecológicos e sociais. Para financiar seu desenvolvimento é preciso conhecê-la.
Na ocasião, o Deputado nos ouviu e afirmou que iria nos ajudar a construir essa “frente” em defesa do Banco da Amazônia, caso alguma diretriz do governo federal colocasse em risco sua permanência no cenário institucional brasileiro.
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Vice-governador peita Bolsonaro contra a privatização do BASA
Por Diógenes Brandão
O vice-governador do Pará, Lúcio Vale (PR) usou sua fanpage para desafiar o governo federal e disse que é totalmente contra a desestatização do Banco da Amazônia, projeto que segundo ele está sendo movimentado pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL).
O tom elevado pode ser considerado uma afronta e uma tentativa de fazer resistência ao programa neoliberal da equipe econômica do Ministro da Economia, Paulo Guedes, um radical defensor da privatização e da entrega de empresas públicas para mega-empresários brasileiros e internacionais.
Leia abaixo o ousado post do vice-governador do Pará, que até dezembro de 2017 chegou a ser incentivado a ser candidato ao senado, para dar continuidade nas suas atividades em defesa dos interesses do Estado, no Congresso Nacional, mas aceitou o convite de ser vice de Helder Barbalho, eleito governador do Pará.
Fonte: http://diogenesbrandao.blogspot.com/2019/02/vice-governador-peita-bolsonaro-contra.html?m=1
Alguém está lembrado que no governo do Jatene o Basa emprestou para o Estado cerca de 2.000.000 bilhões de reais. Agora, eu pergunto: Cade esse dinheiro que o banco emprestou pro governo do Jatene?
Tem que perguntar pro Jatene onde está esse dinheiro. O Banco fez a parte dele, que é financiar o desenvolvimento social e econômico da região. Agora o Banco não vai fiscalizar o que o político vai fazer com o dinheiro, isso é responsabilidade da população