Recentemente, o presidente do Banco anunciou com ares de concessão, às vésperas do 1º de maio, o fim da lateralidade. A lateralidade foi criada em 2013 e estabelecia que não haveria mais pagamento de interinidade. As atribuições de um comissionado que se ausentasse, doravante, deveriam ser assumidas por um empregado de mesmo nível hierárquico.
Desde o inicio, a lateralidade se revelou uma FARSA. Empregados subordinados continuavam a assumir as atribuições do comissionado ausente, na prática, o lateral, no máximo assinava as coisas.
Ao longo de uma intensa luta das entidades, com Greves e Ações Judicias, a lateralidade foi aos poucos perdendo força. Foram cerca de DEZ AÇÕES JUDICIAIS, A MAIORIA VITORIOSA, de tal forma que nos últimos anos NÃO HAVIA mais lateralidade no Banco, exceto no Mato Grosso e Tocantins, onde as ações não prosperaram.
Diante desse quadro, tentamos, por diversas ocasiões, negociar com a Diretoria do Banco a suspensão da regra e o retorno ao procedimento anterior. Sem sucesso. Convencida de que o FIM da Lateralidade é um caminho sem volta, a Diretoria (formada por empregados para massacrar os empregados) mudou sua política e agora lança à nova politica de substituição.
Na pratica, a nova politica é uma Lateralidade ajustada. Não haverá pagamento de interinidade, por que não haverá interinidade para períodos inferiores a três dias de ausência. Além disso, temos recebido informações de que as gerencias não estão substituindo interinamente os analistas, mesmo em casos de férias. Isso é muito esquisito, porque não pode haver uma regra que DISCRIMINA os Analistas. AEBA vai conversar com a GEPES sobre isso.
Sabemos que três dias no sistema financeiro é um tempo muito relevante. Muita coisa pode acontecer. Reuniões de Comitê, atendimentos importantes, liberações decisivas etc. Mas a Diretoria não vê assim, quer que as pessoas trabalhem gratuitamente e ainda assumam o risco.Ademais, o caso dos analistas, se confirmado, nos traz preocupação adicional. Isso seria DISCRIMINAÇÃO.
Se os analistas existem no quadro de função da empresa é porque são relevantes e se existem operativos é porque os analistas fazem algo que os operativos não têm condições de fazer. Pelo menos em tese. Sendo assim, a ausência de um analista implica uma oportunidade para que os operativos busquem crescimento e aprimoramento. Em outros casos, a maioria, um empregado é operativo simplesmente por que o Banco alega que não há comissões em número suficiente, mas todos sabem que não existe naquela equipe grande divergência de competências e habilidades. Nesse caso, ser um analista interino faz justiça à capacidade do colega.
A nova politica de substituição pode implicar no descumprimento de decisões judicias. Além disso, é relevante que os empregados saibam que NÃO SÃO OBRIGADOS A ASSUMIR FUNÇÕES para as quais não haverá retribuição financeira.
Para fazer a coisa certa, a Diretoria deveria extinguir a Lateralidade, fazer justiça ao MT e TO, assumir que a lateralidade foi um FRACASSO e ainda pedir desculpas aos empregados.
Diretoria da AEBA