A Diretoria do Banco já decidiu que não vai negociar com os engenheiros do Pará, conhecendo a psicologia ou a ausência de psicologia do atual presidente, sabemos que essa decisão está tomada.
Aliás, com o atual presidente, não se pode esperar nada. Nem para os engenheiros, nem para ninguém. Nem PCCS, nem melhoria no reembolso saúde, nem comissionamento do pessoal das Centrais, nem pagamento de auxílio Home Office… nada, ele está construindo sua biografia de grande “Busineses Man” e, quem estiver no caminho, vai ser atropelado.
Enquanto isso, faz o discurso fácil de quem se diz interessado em uma negociação e joga o radicalismo nas costas dos sindicalistas, um argumento que sempre cola, afinal os sindicatos sempre têm fama de “radicais”. Mas, a verdade é que por alguma razão, que não é financeira, o presidente e o diretor de pessoas não querem realmente uma negociação.
De “quebra”, o Banco acusa os engenheiros do Pará de enriquecimento ilícito, quanta covardia! Trabalhar e demandar na justiça um salário melhor, para dar mais conforto à família é enriquecimento ilícito e assinar um contrato milionário com um escritório de advocacia para litigar contra os empregados e sem licitação, é o quê?
Segundo o Diário Oficial de hoje, o Banco assinou um aditivo com um grande escritório de Brasília, com dispensa de licitação, cujo nome bonito é inexigibilidade, no valor de R$ 1.400.000,00 sobre um contrato que já era de cinco milhões, ou seja, são R$ 6.400.000,00 para “combater os engenheiros” que todo dia produzem e ajudam o banco a aplicar recursos e garantem o cumprimento das normas do FNO, porque a atual Diretoria pode até dizer que o Banco não precisa de engenheiros, mas o FNO precisa. Porque tem regras.
Para ter uma ideia, a última proposta que o Banco fez aos engenheiros era de 19 milhões. Ou seja, apenas para o escritório contratado ano passado o Banco já comprometeu 1/3 do valor da proposta que fez aos engenheiros. Não sabemos quem está enriquecendo fácil sem fazer nada, mas os empregados engenheiros do Banco, com certeza, não são.
O caso é ainda mais esdrúxulo quando incluímos aí o tema da CAPAF, o trio de “mentes brilhantes” de diretores da casa está propondo um acordo em que os aposentados passem a ganhar menos do que ganham atualmente e, nas suas falas, direcionam suas preces para a boa-fé de todos em torno do bem comum e do fortalecimento do Banco.
Não vemos como fortalecer o Banco pagando 6,4 Milhões para uma Banca litigar contra os próprios empregados que todos os dias se dedicam ao Banco, não vemos lógica nisso. Em todo caso, se o trabalho do escritório for bem feito, certamente mais aditivos virão: aguardem.