Banco da Amazônia CASF Saúde

O BASA e a CASF – Números e reflexões a respeito. Confira!

O BASA é o único banco público que não patrocina um plano de saúde para seus empregados, o que coloca a CASF SAÚDE em uma situação difícil de sobrevivência, considerando que ela está em uma região com baixo acesso a serviços de saúde e um número reduzido de beneficiários. Em muitos casos, a CASF precisa terceirizar seus serviços, pagando uma sobretaxa para outras operadoras. A solução seria o BASA dividir esses custos com seus empregados, como fazem o BB, a CAIXA, o BNB e outros bancos. Isso não acontece há mais de 30 anos, período em que a CASF SAÚDE criou uma corretora de seguros para gerar receitas e, assim, atenuar as despesas dos planos de saúde a ela vinculados.

O problema é que, além de não patrocinar o plano, as últimas administrações do BASA, de 2008 até recentemente, têm tentado de alguma forma prejudicar a atuação da CASF Corretora e até mesmo extingui-la, como aconteceu com a CORAMAZON, em uma tentativa de “descapitalizar” a AEBA e a AABA, que eram acionistas dessa corretora. Além disso, entre 2010 e 2018, houve uma ampla campanha de desligamentos da CASF SAÚDE, o que dificultou sua gestão e seu fluxo financeiro.

Recentemente, a corretora de seguros foi reestruturada, assinou um novo contrato com o BASA, investiu R$ 5 milhões em tecnologia e criou o seguro prestamista (seguros contra inadimplência de parcelas de empréstimos e financiamentos), que, de janeiro a agosto de 2024, repassou ao BASA R$ 21 milhões. Ao mesmo tempo, está repassando R$ 500 aos titulares dos planos de saúde da CASF para abater nas mensalidades.

A AEBA entende que esse caminho deve ser mantido, melhorado e ampliado. Contudo, os colegas mais necessitados estão sendo descontados pelo banco no seu reembolso saúde desse valor, ou seja, o objetivo de aumentar a responsabilidade financeira do banco com a saúde não está sendo feita, muito pelo contrário.

Se a tendência de crescimento atual da CASF Corretora se mantiver, os recursos gerados poderão reduzir consideravelmente o preço da CASF SAÚDE para seus beneficiários, desde que aplicados de forma sustentável aos contratos. Isso também reduziria consideravelmente os custos de saúde do BASA com seus empregados e aposentados.

O que se espera do BASA, então? Que firme um contrato de exclusividade de longo prazo, como 20 anos, por exemplo. Com isso, haveria a possibilidade de zerar as provisões do banco com saúde. No entanto, o que os gestores estão fazendo? De acordo com informações recebidas, estão tentando contratar uma empresa com capital social de apenas R$ 10 mil, criada há quatro meses, que representa seguradoras e pretende administrar os preços, deixando de lado a CASF Corretora, possivelmente diminuindo sua participação e rentabilidade. Isso faz sentido?

Além de não querer incluir no Acordo Coletivo de Trabalho o aumento do reembolso de saúde, os gestores não querem reforçar a estrutura que pode ajudar a reduzir consideravelmente os custos de saúde. Mais de 6 mil vidas são assistidas pela CASF, das quais praticamente 40% têm mais de 59 anos (geralmente o público mais sensível e demandante de cuidados). Além disso, quase 40% dos empregados da ativa não declaram possuir plano de assistência, ou seja, não se sabe quantos deles estão sem plano de saúde. Durante as negociações, o banco apresentou números contraditórios em relação à metodologia aferida pelo SEST, apontando que os custos são de 55%, quando, na realidade, os valores brutos de custeio informados tanto ao SEST quanto para as entidades indicam um custeio de, no máximo, 35%.

O acordo foi aceito com a promessa do banco de formar um grupo de trabalho para estudar e apresentar uma solução, em 60 dias, para a questão da saúde. Nós, da AEBA, alertamos desde já que o banco pode não apresentar nenhuma solução concreta para a questão da saúde, e que o grupo de trabalho pode ser apenas uma forma de protelar o problema. Estaremos atentos e dispostos a contribuir com propostas.

Precisamos ficar vigilantes, questionar o Conselho de Administração sobre essa estratégia da Direx e verificar se os órgãos de fiscalização estão acompanhando essa questão.

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