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Funcionários denunciam manobra da direção do Basa que prevê fim do contrato com Casf

A negociação entre a presidência do banco e entidades ligadas aos funcionários foi considerada “desfavorável”, mas “definitiva” para a diretoria comandada por Cláudio Lessa.

Incrível, mas verdadeiro: o Banco da Amazônia corre para encerrar unilateralmente o longo contrato de benefícios reforçado com a Caixa de Assistência dos Funcionários, a Casf, distribuindo generosamente prejuízos e insegurança. A prestação prevê a contratação de outra empresa para garantir a modalidade de seguros, o que é visto como um “atentado ao financiamento da saúde dos trabalhadores”. Uma das principais fontes de receitas da CASF Saúde provém da CASF Corretora.

Desde os anos 1990 o Basa não patrocina o Casf, entidade de autogestão formada para servir de plano de saúde fechado aos empregados do banco. A Casf Corretora – e antes dela, a Coramazon – serve como modo alternativo de financiamento da saúde dos empregados.

“A Casf Corretora vem, ao longo desses últimos anos, aportando recursos ao banco que suplantam o que o Basa tem de despesas com a saúde dos empregados e aposentados”, apontam os bancários da instituição.

O Basa é o principal financiador da Região Norte do Brasil. Em 2023, o banco registrou um lucro recorde de R$ 1,345 bilhão, mas, em 2024, registrou um lucro líquido de R$ 1,1 bilhão, queda de 15,8% em relação a 2023.

Proposta em curso

Após meses sem apresentar uma pauta concreta, a gestão atual do Basa apresentou uma proposta no mínimo desfavorável aos bancos. A sugestão é a de ficar com quase todo o bruto das atividades da Casf Corretora – o que prejudicaria a Casf – e, em meio às tratativas para construção de uma proposta que não prejudicasse os repasses da corretora para a Casf Saúde o banco, unilateralmente, encerraria a discussão e, consequentemente, o contrato.

Luiz Cláudio Moreira Lessa, atual presidente do Banco da Amazônia, já havia sinalizado interesse em contratar uma corretora recém-constituída e sem experiência no mercado de seguros. Mas existe um detalhe perverso: o resultado dessa contratação não se converteu em nenhum ganho para os empregados do Basa, sendo que seria esperado apenas pelos sócios.

O presidente foi eleito em 25 de maio de 2023 na 525ª Reunião Extraordinária do Conselho de Administração e tomou posse em 12 de junho do mesmo ano. O mandato dele termina em agosto deste ano.

“A razão para esse interesse do presidente Lessa é desconhecida por todos nós e não parece ser uma solução adequada quando se trata de uma empresa estatal como o Banco da Amazônia”, diz uma fonte.

Saúde não tem pressa

A Casf foi apresentada no dia 15 de março de 1982, quando efetivamente começou a funcionar, com a aprovação do seu estatuto. A criação da Casf sempre teve o objetivo de proporcionar “saúde e qualidade de vida como fatores de importância fundamental para a empresa”.

As entidades representativas dos empregados do Banco da Amazônia protestam contra o fim do contrato do banco com a Casf Corretora porque entendem que esse ato prejudica diretamente a Casf e consequentemente todos os empregados do Basa.

Quem está na luta

As dez entidades representativas dos trabalhadores bancários do Banco da Amazônia que estão se mobilizando contra o fim do contrato são a Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Centro Norte; Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Pará, do Acre, do Amazonas, do Amapá, do Mato Grosso, do Maranhão, do Tocantins, e de Rondônia, além da Associação de Empregados do Banco da Amazônia, a Aeba.

Fonte: https://www.portalolavodutra.com.br/materia/funcionarios_denunciam_manobra_da_direcao_do_basa_que_preve_fim_do_contrato%C2%A0com%C2%A0casf 

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