Banco da Amazônia

BASA tenta enfraquecer greve mantendo o movimento longe dos noticiários da imprensa na capital paraense. Mas é destaque no Blog VER – O – FATO.

Greve no Banco da Amazônia é a mais forte dos últimos 20 anos, diz líder dos empregados

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

A greve dos bancários do Banco da Amazônia (Basa) é a mais forte dos últimos 20 anos, segundo avalia em entrevista ao Ver-o-Fato o presidente da Associação dos Empregados do Banco da Amazônia (Aeba), Sílvio Kanner. Ele afirma que o movimento já contabiliza mais de 100 agências fechadas em toda a região Norte, além dos estados do Maranhão e do Mato Grosso.

Na matriz do Banco – edifício da avenida Presidente Vargas, em Belém – "novas adesões estão ocorrendo a um ritmo crescente". Os dirigentes da Aeba realizam diariamente ações de convencimento nos horários de entrada dos funcionários na matriz e agências, transmitindo informes sobre o andamento do movimento grevista no Pará e no Brasil.

Para Sílvio Kanner, os empregados do Basa recebem "o mais baixo salário de todo o sistema financeiro nacional", apesar de sua condição de banco de desenvolvimento e instituição pública federal controlada pelo governo federal. Os grevistas também pleiteiam maior participação do Basa no financiamento da assistência à saúde de seus colaboradores, o fortalecimento da Casf – operadora dos planos de saúde – e o pagamento efetivo de horas extras trabalhadas.

No caso do pagamento de horas extras, os empregados reivindicam somente que o banco cumpra a lei. Os dirigentes da Aeba também consideram uma contradição, o banco destinar, anualmente, generosa verba publicitária para render vistosas homenagens à Nossa Senhora de Nazaré durante o Círio e não cumprir a legislação quanto ao pagamento das horas extras e também deixar boa parte dos seus empregados sem plano de saúde.

Kanner disse que a direção do Basa já comunicou às entidades que seguirá as cláusulas econômicas acordadas na mesa da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) que, até o momento, só propôs 5,5% como reajuste salarial da categoria bancária.

"O governo federal, praticamente paralisado, também não tem sido capaz de atuar como um interlocutor competente para solucionar o conflito. Por seu lado, a diretoria do Basa vive um cenário de insegurança quanto à sua própria permanência no cargo, o que contribui para aumentar a paralisia em termos de ações que possam solucionar a greve, que completa hoje 10 dias, sem perspectivas de um acordo" , resume o líder da Aeba.

Fonte:http://ver-o-fato.blogspot.com.br/2015/10/greve-no-banco-da-amazonia-e-mais-forte.html

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