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ARTIGO: Sim, nós sabemos para onde vamos




*por Fernando Neiva

Os resultados da pesquisa CNI/Ibope divulgados no último dia 7 de dezembro devem ter deixado os adversários políticos do Presidente Lula de cabelo em pé. A aprovação do presidente subiu de 81% em setembro para 83% em novembro e a confiança em seu governo saltou dos 76% para 78% no mesmo período. A rejeição, por sua vez, regrediu de 17% para 14%. Já a aprovação da maneira como o presidente Lula governa o país subiu em novembro em relação aos índices registrados em setembro. Para 72% dos entrevistados, o governo é "ótimo" ou "bom", acima dos 69% em setembro. Os números da última pesquisa da CNT/Sensus divulgados em novembro mostram que a avaliação positiva do presidente e do seu governo continua crescendo.

No último levantamento, realizado em setembro, o índice, que era de 76,8%, atingiu 78,9%. Por coincidência, ou não, as duas pesquisas foram divulgadas em momentos em que o Presidente Lula era premiado pelo desempenho do seu governo. A pesquisa da CNI/Ibope foi publicada no mesmo dia em que o presidente recebeu, na capital paulista, o prêmio “Brasileiro do Ano”, oferecido pela revista Istoé por ter contribuído para levar o Brasil à posição de protagonista no cenário mundial e pela forma com que o País enfrentou e superou a crise econômica. Já o resultado da CNT/Sensus foi anunciado vinte dias após o presidente Lula ter recebido o título de “Estadista do Ano” concedido pelo instituto de assuntos internacionais do Reino Unido Chatham House, em reconhecimento a sua atuação no sentido de reduzir a pobreza no Brasil por meio de políticas econômicas que mantiveram o equilíbrio fiscal e evitaram o aumento da inflação.

Mas apesar de as pesquisas e de as premiações confirmarem que o governo do presidente Lula está no caminho certo, que suas políticas públicas são reconhecidas mundialmente e que o seu governo colocou o Brasil numa posição de destaque na política internacional, há aqueles que não aceitam de forma alguma esse sucesso. Ainda recentemente, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso publicou, em dois dos maiores jornais do país, um artigo em que extrapola o bom senso e tenta, através de acusações infundadas, desqualificar o governo e a pessoa do presidente Lula. Intitulado “Para onde vamos?”, o artigo – que foi amplamente repercutido por colunistas e comentaristas políticos que, a exemplo de FHC, não toleram o sucesso do governo Lula – reafirma o tom preconceituoso com que os anti-lula tratam o governo. Na falta de uma argumentação política consistente que contraponha o projeto democrático popular do governo Lula, FHC repisa rótulos gastos e demonstra uma amnésia política inaceitável para quem ficou oito anos no governo e praticamente levou o país à bancarrota.

Vive ainda na memória de todos o desastre que foi a política privatista do governo FHC que entregou o patrimônio nacional ao setor privado como foi o caso da Companhia Vale do Rio Doce, que promoveu o desmonte dos bancos públicos federais e privatizou os tradicionais bancos mineiros, Bemge e Credireal. Por isso é inevitável que os brasileiros comparem o período FHC com o do governo Lula. Pois enquanto no governo FHC o salário mínimo era de 78 dólares, um dos menores da história do Brasil, no governo Lula atingiu 210 dólares. Enquanto o governo do sociólogo e professor FHC criou apenas uma universidade federal e nenhuma escola técnica, o governo do operário metalúrgico Lula criou 10 novas universidades, 45 extensões universitárias e 214 escolas técnicas. Enquanto as dívidas externa e interna ficaram impagáveis durante a era Fernando Henrique Cardoso, o governo Lula quitou a dívida com o Fundo Monetário Internacional.

Enquanto as reservas do Tesouro Nacional no governo FHC eram de 185 bilhões de dólares negativos, o governo Lula acumulou 160 bilhões de dólares positivos. Além disso, enquanto o governo FHC primou pela tentativa de retirada de direitos dos trabalhadores na Constituição e na CLT,  o governo Lula gerou mais de 11 milhões de empregos formais e tirou 30 milhões de brasileiros da linha de pobreza.

Os números da pesquisa da Sensus divulgada no dia 23 de novembro deixam claro o quanto o povo brasileiro rejeita a era FHC, ao constatar que nada menos que 49,3% dos entrevistados declaram que não votariam em um presidenciável apoiado por FHC qualquer que fosse o candidato. Já 51,7% dos entrevistados votariam ou poderiam votar em candidato apoiado por Lula. Quando Lula é comparado com FHC, 76% dos pesquisados dizem que Lula é melhor que Fernando Henrique enquanto apenas 10% preferem o ex-presidente. Não é à toa que diante dos números desfavoráveis a cúpula dos tucanos anunciou que vai esconder o ex-presidente durante a campanha de 2010.

A considerar a interrogação o artigo de FHC Para onde vamos?, a oposição e o PSDB dele, de José Serra e de Aécio Neves continuam como sempre à deriva sem saber que rumo tomar. Ao contrário do governo do Presidente Lula que possui um projeto claro de País que aponta para o crescimento econômico, a distribuição de renda, a inserção social e a projeção do Brasil como potência mundial. Diferentemente de FHC, que ainda não sabe para onde ir, a aprovação do governo Lula demonstra que o povo brasileiro sabe muito bem para onde vai em 2010. E que somente elegendo candidatos que defendem o projeto democrático popular do governo Lula estaremos garantindo a consolidação das políticas que nos fazem ter hoje orgulho de sermos brasileiros.

* Fernando Neiva é Economista, Diretor do Sindicato dos Bancários de BH e Região e membro da Direção da CUT Nacional.

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