As assinaturas das Convenções Coletivas de Trabalho (CCT) de todos os bancários e os aditivos do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal acontecem nesta quinta-feira, dia 30, em São Paulo.
Após dez dias da formalização, os trabalhadores receberão a primeira parcela (50%) da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). No Banco do Brasil, além do crédito da PLR semestral também será pago o bônus de 200 anos aos bancários.
As diferenças nos salários e demais verbas serão depositadas com no crédito de novembro.
Aprovação – Os funcionários de bancos privados, da Nossa Caixa e do BB decidiram em assembléias realizadas no dia 22, encerrar a greve e aceitar as propostas apresentadas. Já os empregados da Caixa encerraram o movimento na assembléia realizada no dia 24.
O presidente do Sindicato de SP, Luiz Cláudio Marcolino, destaca que as conquistas que serão ratificadas nesta quinta são fruto da garra dos bancários durante a greve. "Foram mais de duas semanas de uma batalha desigual. Os banqueiros usaram vários artifícios para tentar acabar com o movimento – a violência policial, o abuso dos interditos proibitórios, os contingenciamentos, o assédio moral, até caríssimos helicópteros –, mas os bancários foram muito mais fortes que tudo isso. E os resultados são, entre outros avanços sociais, o aumento real pelo quinto ano seguido e melhora na PLR", avalia.
Proposta aprovada – O reajuste salarial varia entre 10% e 8,15%, o que significa aumento real entre 2,66% e 1%. A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) também será maior: a regra básica (80% do salário mais R$ 878) foi alterada para 90% do salário mais R$ 966. Além disso, os bancos que distribuírem menos de 5% do lucro líquido passam a pagar PLR de 2,2 salários – até o ano passado o limite era de 2 salários.
"Há tempos queríamos alterar esse modelo que já está ultrapassado e essa é a primeira mudança importante da regra básica desde 1997", diz Marcolino, ressaltando que a conquista fará parte da Convenção Coletiva de Trabalho, "ou seja, ninguém tira esse aumento dos trabalhadores". A regra da parcela adicional – conquista de 2006 – continua igual e, de acordo com o crescimento do lucro, pode atingir o teto de R$ 1.980.
Fonte: SPbancários