O Sindicato dos Bancários do Ceará (Seeb/CE) realizou ato, dia 10, na agência do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), em Fortaleza. O protesto faz parte de um conjunto de mobilizações nacionais realizadas por orientação da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB/Contraf-CUT), por todos os sindicatos do País que tem os funcionários do BNB em suas bases. A principal reivindicação da mobilização é o retorno, para todos os funcionários do BNB, da licença-prêmio, para os funcionários que tiveram o benefício suprimido em janeiro/97.
O ato precede a segunda rodada de negociação específica com o BNB, que será realizada hoje, dia 13, e terá as cláusulas sociais e de saúde em sua pauta. Mesmo com uma função social de extrema importância para o Brasil, sendo o maior agente de microcrédito da América Latina, o BNB assume vem protelando a extensão do direito na hora de negociar com seus funcionários.
"Esse banco, que merece o respeito da sociedade, também tem que respeitar os trabalhadores e esse respeito se faz quando o Banco atende as reivindicações dos funcionários e isso inclui a licença-prêmio", disse o coordenador da Comissão Nacional dos Funcionários do Banco do Nordeste (CNFBNB), Tomaz de Aquino.
O coordenador da CNFBNB lembrou que a licença-prêmio é um direito de todos os funcionários das estatais e o BNB é a única empresa onde esse direito foi extinto. A licença-prêmio só retornou através de processo judicial e mesmo assim atingiu pequena parcela dos funcionários do Banco.
Na manifestação, os diretores do Sindicato dos Bancários do Ceará ressaltaram a postura intransigente que os bancos vêm apresentando nas mesas de negociações da Campanha Nacional.
Tomaz disse que os bancários não aceitarão esse descaso e tomarão as ações necessárias para que se façam valer seus direitos.
"Infelizmente, a única linguagem que os bancos entendem é a da paralisação, porque aí mexe com os cofres deles", disse o coordenador da CNFBNB.
O ato contou com a participação e discursos dos diretores do SEEB/CE Ribamar Pacheco, Telmo Nunes, Luís Roberto Félix (Bebeto), Carmen Araújo, Plauto Macedo, Cláudio Rocha, Océlio Silveira, Ieda Marques, Pedro Moreira e Mateus Neto.
Reivindicação histórica – Tomaz ressaltou que o retorno da licença-prêmio é uma questão de honra. Ele afirmou que a reivindicação está pendente desde 2003. O diretor explicou que o benefício concede ao funcionário três meses de licença, depois de cinco anos de trabalho sem falta.
Em 1997, na gestão de Byron Queiroz, o direito foi retirado, assim como as promoções, anuênios e folgas. Esses três últimos foram restabelecidos na gestão de Roberto Smith, porém a LP continua pendente para muitos funcionários.