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Quintino Severo: proteção social é fundamental para o desenvolvimento sustentável

A 99ª Conferência da OIT – Organização Internacional do Trabalho promoveu no dia 14 de junho, em Genebra, na Suíça, um debate de alto nível sobre as possibilidades de saída da crise financeira e de empregos e sobre o papel do emprego produtivo e da proteção social para o cumprimento das metas de desenvolvimento do milênio.
 
O Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, inaugurou o debate no Palácio das Assembléias na sede da ONU – Organização das Nações Unidas citando exemplos de promoção de políticas sociais e economia balanceada como resposta à crise. Segundo o Ministro, a estratégia de fortalecimento da economia real priorizando a justiça social suavizou o impacto da crise financeira global no Brasil. “Paz, cooperação solidária e comércio justo são as bases do desenvolvimento”, concluiu o Ministro Amorim.
 
O secretário geral da CSI – Central Sindical Internacional, Guy Ryder, também participou do debate e falou sobre o papel do G20 para a recuperação de mercado de trabalho mundial.  Ryder enfatizou que a credibilidade e efetividade do G20 serão testadas, já que ate o momento suas resoluções ainda não foram efetivamente adotadas. “Nossos esforços foram frustrados devido à falta de transparência de organizações como o G20”, desabafou Ryder.
 
As experiências do Brasil foram as principais referências do painel que abordou o papel do emprego produtivo e da proteção social rumo ao cumprimento das Metas de Desenvolvimento do Milênio (MDM). O secretário geral da CUT, Quintino Severo, falou sobre as dimensões da proteção social como ferramenta de desenvolvimento, de redução da pobreza e do protagonismo do movimento sindical na articulação desses processos no Brasil. Severo apresentou exemplos concretos de ampliação da renda dos trabalhadores como a política de valorização do salário mínimo e do programa Bolsa Família. O dirigente também destacou que mesmo com ações bem sucedidas em diversas áreas o Brasil enfrenta muitos desafios e que ainda há muito a fazer no campo da educação e no enfrentamento das altas taxas de juros e superávit primário, por exemplo. “Existem alguns elementos chave para o desenvolvimento de um país e para a erradicação da pobreza: o papel do Estado como indutor para o desenvolvimento, a geração de empregos e a distribuição de renda”, elencou Severo.  
 
O debate ainda contou com a participação de representantes governamentais, empresariais, de instituições financeiras e organizações não governamentais dos seguintes países: Argentina, Camarões, Egito, Espanha, Estados Unidos, Índia, Portugal e Suécia. Todos falaram sobre as particularidades de seus países e regiões, sob a perspectiva de suas entidades e organizações.
 

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