Banco da Amazônia

A Revista Exame: A verdadeira situação do Banco da Amazônia

A edição especial da Revista Exame: Melhores e Maiores de 2011 avaliou a situação das instituições financeiras em relação a diversos critérios. Cumpre fazermos uma avaliação mais modesta da situação da nossa instituição. De imediato conclui-se que avançamos poderosamente na área de fomento, e perdemos espaço na área de sustentação, o que soa uma contradição com o Novo Modelo de Negócios em pleno momento de expressão de resultados.

Nosso avanço no fomento está relacionado com um grande esforço dos empregados, uma vez que a área de fomento no Banco está desestruturada, que os sistemas ainda são os mesmos de cinco anos atrás e que as unidades, principalmente as agencias estão com um quadro de pessoal insuficiente, ao mesmo tempo em que os investimentos e ações estratégicas na área de sustentação econômica não demonstraram os resultados esperados. Vamos a uma avaliação dos resultados publicados em Exame.

Na área de finanças, na parte referente ao desempenho dos bancos, a Revista chegou a duas grandes conclusões, em nosso entender, sintetizadas abaixo:

1. Os grandes bancos estão maiores e avançam em áreas antes exploradas por instituições financeiras menores. Os cinco maiores bancos (Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa) atravessaram o ano de 2010 acumulando ganhos e ampliando suas fatias no mercado;

2. O Itaú Unibanco ocupa o primeiro lugar no ranking das maiores instituições por patrimônio líquido. O Bradesco se destacou por ter ultrapassado o Santander e assumido o segundo lugar. Os bancos de pequeno e médio porte, por sua vez, tiveram que concentrar seus recursos na liquidez diária, reduzindo a lucratividade das operações;

Em relação ao nosso Banco, se olharmos os resultados de 2010, realmente vamos concluir que estamos bem, em 17º no Ranking de Patrimônio Liquido ajustado. Todavia, se compararmos os resultados de 2010, com os mesmos dados de 2009 verifica-se imediatamente que retrocedemos. Abaixo sintetizamos uma tabela com os dados.

INDICADORES

POSIÇÃO EM 2010

POSIÇÃO EM 2009

Patrimônio

17.º lugar

15.º lugar

Depósitos à vista

15.º lugar

12.º lugar

Depósitos em poupança

13.º lugar

13.º lugar

Agências

13.º lugar

Não informado

Correntistas

13.º lugar

Não informado

Crédito para grandes empresas

14.º lugar

Não informado

Crédito pessoa jurídica total

15.º lugar

Não informado

CRÉDITO RURAL

3.º LUGAR

12.º LUGAR

Em 2009 estávamos em 15º Lugar no Ranking de Patrimônio, em 2010 passamos para o 17º, caímos também em Depósitos a Vista de 12º para 15º, embora tenhamos mantido o 13º lugar em depósitos de poupança. 2010 foi o primeiro ano em que a Revista Exame publicou nossos dados de Agências, Correntistas, Crédito para Grandes Empresas e PJ, o que de fato consideramos um grande avanço, significa que passamos a constar no Ranking. Não figuramos, porém no Ranking de depósitos a prazo como também não figuramos no Ranking dos 20 maiores ativos ajustados.

Nossos melhores resultados, extraordinários inclusive, estão nos itens relacionados ao papel do Banco no crescimento e desenvolvimento da Amazônia. Passamos da 20º posição para a 14º no item riqueza gerada. Contraditoriamente não estamos no Ranking de riqueza gerada por empregado o que denota nossa baixa produtividade em razão da precária infra-estrutura do negócio, fica claro aqui que esses resultados são um produto mais do trabalho e do esforço dos empregados que do avanço institucional de conjunto, isto é, das bases tecnológica, logística, da qualidade de gestão e de recursos humanos.

Nossos resultados também não foram suficientes para nos garantir um lugar no Ranking de Empréstimos e Financiamentos e de Receitas de Intermediação Financeira e de Serviços.

Somos o 13º em rede de agências, com 109 unidades. Estamos atrás do BNB e BANRISUL, com 185 e 437 agências respectivamente. Estamos à frente do BRB, que conta com uma rede de 103 agências, porém sua jurisdição está restrita ao DF.

Nosso maior destaque, porem, o que deve nos deixar mais orgulhosos é nossa subida no Crédito Rural onde passamos do 12º para o 3º Lugar. Somos o terceiro Banco mais importante para o setor Rural Brasileiro, contraditoriamente com as ações do Novo Modelo de Negócios que desestruturou as carteiras de crédito rural e extinguiu as carteiras de Agricultura Familiar. O Banco não garantiu o funcionamento de novos sistemas, não valoriza os profissionais de ciências agrárias que, está provado têm sido fundamentais e mesmo assim, graças ao trabalho de cada empregado, muitas vezes “tirando leite de pedra” numa região de grande insegurança fundiária e documental damos um salto impressionante em nosso resultado. Apenas para se ter uma idéia, a equipe da GERAP está cada vez menor e para completar eles estão trabalhando no Bloco A do 11º andar e quando você abre a porta sempre bate em alguma mesa de tão apertado que está o lugar de trabalho. Um pouco mais do espaço, da estrutura, da valorização e da remuneração que outras empresas ocupam no Banco faria muito bem a essas pessoas que são responsáveis por um resultado tão extraordinário.

NOVOS DESAFIOS

Nossos resultados na área de Crédito Rural nos colocam grandes desafios. O crescimento do volume de empréstimos rurais, comparado ao nosso Patrimônio Liquido e aos nossos Ativos Totais representa um grande risco. Todos os índices do Banco precisam acompanhar nosso volume de operações rurais, sob pena de vivermos um desequilíbrio grave, por isso precisamos fazer crescer a rede de agências, solicitar ampliação do número de funcionários e principalmente solicitar imediatamente ao Governo Federal um aporte de no mínimo 1 Bi no nosso patrimônio.

Estamos também desafiados quanto a nossa capacidade de nos manter nessa posição e de administrar com qualidade essa carteira de crédito rural, para isso está mais do que na hora de revermos o novo modelo de negócios, melhor os níveis salariais e construir as condições para que os empregados possam planejar sua carreira no Banco.

Parabéns a todos os empregados do Banco da Amazônia!

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