Banco da Amazônia

BASA volta a praticar assédio moral coletivo em carta aberta a trabalhadores

No entanto, aposentados e pensionistas estão confiantes na Justiça e dizem não à migração a novo plano previdenciário do banco!

SÃO LUÍS (MA) – Insatisfeita com a resistência dos empregados da ativa, aposentados e pensionistas que não aceitam migrar para o “Plano Saldado” da Capaf, a direção do Banco da Amazônia (Basa) voltou a disseminar o medo na Caixa de Previdência Complementar por meio de uma carta aberta assediadora enviada aos trabalhadores em questão.

Em trecho do documento, o Basa alardeou que: “A única alternativa que pode garantir a perenidade dos benefícios é a adesão de cada associado ao saldamento dos planos de benefícios administrados pela Capaf e, ao mesmo tempo, ao novo plano de contribuição variável – o PrevAmazônia.”

Essa afirmativa evidencia a primeira incoerência do banco, pois se fosse o saldamento de planos, não haveria “novo plano”. Mas esse absurdo é fichinha diante de outros.

Vejamos alguns:

Como é que o Basa prega preocupação com o “momento decisivo” e “conclama os associados da Capaf a pensar no próprio futuro e na segurança de sua família” se ao mesmo tempo propõe que eles abandonem o atual Plano de Benefício Definido (plano BD) que os abriga e que faz parte do contrato de trabalho, o qual já foi, exaustivamente, reconhecido pela Justiça como patrimônio trabalhista dos empregados e aposentados do BASA?

O plano BD já provocou diversas condenações judiciais ao Basa. É esse plano que vem garantindo o pagamento dos benefícios dos aposentados e pensionistas por decisões ratificadas pelos tribunais. Portanto, como o banco pode pregar o abandono a esse direito garantido na Justiça, pela adesão a uma aventura chamada de “novo Plano Saldado”?

É piada ou desrespeito à inteligência alheia?

Triste e lamentavelmente, o BASA omite também, na sua carta intimidatória, a ação judicial de autoria do SEEB MA, que já se encontra em fase de execução onde é inequívoca a decisão da Justiça do Trabalho condenando o banco como responsável direto pelo déficit da CAPAF.

Igualmente lamentável, é a despudorada atitude de representantes de entidades que deveriam ter como única função a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores, mas que, ao contrário disso, se prestam a uma mesquinha e deslavada defesa dos posicionamentos do capital, do patrão, do governo.

Mas, os trabalhadores, de forma livre, soberana, consciente, altiva, responsável e, confiantes na Justiça Trabalhista brasileira, dizemos sim à resistência. À manutenção e ao respeito aos nossos direitos contratuais. À nossa dignidade. À nossa segurança. Repudiamos o assédio moral, o terrorismo, o medo, a ameaça e a traição.

Por isso, NÃO À MIGRAÇÃO!

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